TRÁFICO
DE DROGA EMBAIXADOR DE AMÉRICA DISSE QUE “NUNCA HOUVE SANÇÕES IMPOSTAS CONTRA A
GUINÉ-BISSAU”
O Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário dos
Estados Unidos da América para o Senegal e Guiné-Bissau, Michael Raynor,
afirmou esta terça-feira, 18 de março de 2025, que nunca houve sanções contra a
Guiné-Bissau relacionadas com o tráfico de pessoas.
“Quero clarificar que nunca houve sanções impostas
contra a Guiné-Bissau sobre o tráfico de pessoas, mas os EUA preocupam-se
seriamente com esta questão e todos os anos produzimos um relatório anual sobre
a situação de cada um dos países em relação ao tráfico de pessoas”, disse,
acrescentando que os países que estão na categoria mais baixa não recebem
sanções, mas são impostas algumas restrições e limitações no tipo de parcerias
que podem ter com os EUA.
O diplomata norte-americano fez estas afirmações nas
suas declarações aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da
República, Umaro Sissoco Embaló, na qual realçou os esforços feitos pelas
autoridades nacionais no ano passado para combater o tráfico de pessoas, razão
pela qual a Guiné-Bissau teve a sua categoria elevada e também o tipo de
interação que pode estabelecer com os EUA.
“Agradeci ao Presidente Embaló pelo esforço e a
colaboração, bem como pedi-lhe que continuassem a fazer esforços para que a
Guiné-Bissau se mantenha na mesma posição”, revelou.
Michael Raynor disse que abordou com o chefe de Estado
guineense a questão de diferentes interesses comerciais para o país, sobretudo
a possibilidade de virem empresas norte-americanas a investir na Guiné-Bissau.
O Embaixador dos EUA para o Senegal e a Guiné-Bissau
com residência em Dacar, explicou que, no encontro, foram abordadas as novas
políticas da administração do Presidente Trump, assim como outros assuntos que
considera relevantes para ambos os países sem, no entanto, avançar com mais
pormenores sobre o tema.
Sobre o estado das relações entre os dois países,
afirmou que a relação é boa e tem vindo a crescer, enfatizando que ambos os
países têm áreas de interesse, especialmente em assuntos económicos e de
investimento na Guiné-Bissau, bem como em questões políticas que são benéficas
para ambos.
“Outro assunto do nosso interesse é a estabilidade na
região. Acreditamos que a nossa relação é profunda e estamos satisfeitos com o
tipo de relação que temos, tendo interesse em aprofundá-la ainda mais”, notou.
Notabanca.18.03.2025