ATAQUE RUSSO MATA 18 PESSOAS NA UCRÂNIA INCLUINDO NOVE CRIANÇAS
Um ataque com mísseis russos na Ucrânia fez na
sexta-feira pelo menos 18 mortos, entre os quais nove crianças, em Kryvyi Rig,
cidade natal do Presidente, Volodymyr Zelensky, situada no centro do país.
"Dezoito é o número de pessoas mortas pelos russos quando lançaram mísseis sobre Kryvyi Rig. Entre elas, há nove crianças", lamentou hoje o chefe da administração da região de Dnipropetrovsk, após o fim das operações de socorro de urgência.
As fotos divulgadas pelos socorristas ucranianos
mostram vários cadáveres. Vídeos divulgados nas redes sociais, que não puderam
ser verificados, revelam corpos caídos na rua e uma coluna de fumo.
Noutras imagens, surge um carro em chamas e pessoas a
gritar.
As defesas antiaéreas russas derrubaram, entretanto,
durante a noite, 49 drones sobre nove regiões russas, de acordo com informação
divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia.
"No decurso da noite passada, os sistemas de
defesa antiaérea intercetaram e aniquilaram 49 drones ucranianos de asa
fixa", indicou o comando militar russo no Telegram.
Segundo a mesma fonte, 16 drones foram derrubados na
região de Voronezh e 14 em Belgorod.
Nas regiões de Kursk e Samara, foram derrubados 12
drones, seis em cada uma, enquanto na região da Mordovia foram abatidos seis.
En Briansk, Liptesk, Oriol e Penza foram derrubados
outros quatro, um em cada região.
O governador de Samara, Viachestlav Fedorischev,
afirmou no Telegram que os drones ucranianos atacaram uma indústria na cidade
de Chapaevsk, provocando um incêndio.
"Não há vítimas. No local dos acontecimentos
trabalham os serviços de emergência, incluindo os bombeiros que combatem o
incêndio", escreveu, ao sublinhar que a situação está "sob
controlo".
Outra empresa da região de Mordovia foi atacada
durante a noite passada, indicou, por sua vez, o governador local, Artiom
Znudov, também no Telegram.
Os chefes de Estado-Maior dos exércitos francês e
britânico discutiram um reforço do exército ucraniano e das "opções de garantias"
a fornecer "assim que o cessar-fogo for adotado", afirmou hoje o
general francês Thierry Burkhard, após uma visita a Kiev, realizada no dia
anterior, com o almirante britânico Tony Radakin.
"Juntos, queremos garantir uma paz sólida e
duradoura na Ucrânia, condição indispensável à segurança do continente
europeu", declarou o Chefe de Estado-maior francês na rede social X.
Durante a visita, os dois chefes militares falaram, em
particular, com o homólogo ucraniano, o general Oleksandre Syrsky, o ministro
da Defesa, Roustem Oumerov, e com Presidente, Volodymyr Zelensky.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022,
com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e
"desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a
desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço
de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Notabanca; 05.04.2025
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