quinta-feira, 20 de outubro de 2022

TRINTA PESSOAS MORTAS EM PROTESTOS NO CHADE

Cerca de 30 pessoas morreram, quinta-feira, nos confrontos entre a polícia e manifestantes, em N'Djamena, a capital do Chade.

Os protestos foram convocados pela oposição contra o prolongamento do período de transição.

Em N'Djamena, foram erguidas barricadas em algumas zonas da cidade, são visíveis colunas de fumo negro e ouviram-se disparos de granadas de gás lacrimogéneo. De acordo com o governo, morreram cerca de 30 pessoas, nomeadamente "uma dezena" entre as forças de segurança. 

Os protestos surgem na sequência do prolongamento do período de transição, por mais dois anos, e que deveria terminar esta quinta-feira. Membros da oposição manifestaram-se contra o adiamento desse período de transição e convocaram os protestos que foram proibidos pelas autoridades. 

A 1 de Outubro, foi aprovado um segundo período de transição, apresentado como sendo de "24 meses no máximo", sendo que Mahamat Idriss Déby Itno se vai manter como Presidente até às eleições, nas quais ele vai concorrer.

A 20 de Abril de 2021, foi noticiada a morte do general Déby, abatido pelos rebeldes durante confrontos, e o Exército proclamou o seu filho como Presidente por um período de 18 meses. Mahamat Déby manteve o apoio de Paris porque o Chade é um ponto importante da presença francesa em África. A França tinha, então, sido acusada de aceitar uma transição inconstitucional, ainda que condenando, simultaneamente, o golpe militar no Mali vizinho.

Hoje, Paris condenou “a violência” e a “utilização de armas letais contra os manifestantes”. Em comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros, Paris sublinha não ter tido qualquer papel no ocorrido, mencionando que circularam “informações falsas sobre uma alegada implicação de França”.

Notabanca; 20.10.2022

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