sábado, 21 de dezembro de 2019

PROSSEGUE ONDA DE CONTESTAÇÃO CONTRA NOVA LEI DE NACIONALIDADE 
A nova lei da nacionalidade continua a desencadear uma onda de protestos através do país e violentos recontros entre manifestantes e as forças policiais na Índia.
Paralelamente restrições do acesso à rede internet são aplicadas em várias partes da Índia, designadamente no nordeste e no estado de Uttar Pradesh, onde reside uma importante minoria muçulmana. 
Aprovada no dia 9 de Dezembro, pelo parlamento indiano, a nova lei da cidadania do país do sudeste asiático, que exclui os refugiados muçulmanos residentes na Índia, provoca há mais de uma semana, manifestações e confrontos com as forças da ordem.
A fim de conter a reacção popular, as autoridades indianas restringiram o acesso à rede internet e mobilizaram importantes forças policiais.
Na quinta-feira, manifestantes foram para as ruas nos estados indianos de Uttar Pradesh, Gujarat e Karnataka. Os contestários que desafiariam a proibição de reunião pública, decretada pelas autoridades, acusam o Primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de implementar uma política anti-muçulmanos.
Em Nova Deli, capital da Índia,as forças policiais obrigaram os manifestantes a entrar em autocarros, estações de metropolitano foram encerradas e a rede de telemóvel foi cortada nalgumas áreas.
As actuais manifestações foram despoletadas pela nova lei da nacionalidade que prevê facilitar o acesso à cidadania indiana à pessoas de três países vizinhos que fugiram de perseguições, com excepção dos muçulmanos.
Os manifestantes, no seio dos quais estão muitos estudantes, têm denunciado a brutalidade das forças policiais, que operam nos últimos dias, nos estados de Uttar Pradesh e Bangalore, regiões do nordeste, bem como em Bihar, New Deli, Haiderabade e Chennai.
Durante os protestos da semana passada morreram seis pessoas e dezenas ficaram feridas.
 Perante a preocupação manifestada pela comunidade internacional, o Primeiro-ministro Narendra Modi reiterou que o seu governo não tenciona marginalizar os muçulmanos. Modi afirmou por intermédio das redes sociais que a nove lei da nacionalidade não exclui nenhum cidadão, nem região da Índia.
A importante minoria,de 200 milhões de indianos muçulmanos, receia que a política de Modi resulte na implementação de um ficheiro nacional, que permitirá expulsar a partir de 2024 todos os indivíduos considerados como infiltrados pelas autoridades.
Notabanca; 21122019

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