Os professores guineenses vão paralisar as aulas nas escolas públicas da Guiné-Bissau em mais uma jornada de greve geral, na próxima semana, e durante 5 dias, anunciou esta quinta-feira, 05 de dezembro, o porta-voz dos quatro sindicatos dos professores.
Segundo
Duarte Bungonha Sanhá, além da falta do cumprimento do caderno reivindicativo
que conta com 18 pontos, entre os quais se destacam a aplicação efetiva do
Estatuto da Carreira Docente; pagamento de salários atrasados a várias
categorias de professores; melhoria de condições de vida, e os professores
exigem ainda do executivo o desbloqueamento dos subsídios da carga horaria.
Em
conferência de imprensa na sede do Sindicato Nacional dos
Professores(SINAPROF), em Bissau, Bungonha Sanhá diz que, caso o executivo
mantiver esta postura, os sindicatos vão avançar com a paralização de 60 dias
nas escolas públicas.
“Vamos
entregar o pré-aviso de greve na segunda-feira, e quinta-feira iniciaremos a
paralização das aulas por um período de 5 dias, e depois desses 5 dias, caso
nada mudar, vamos de novo entregar um outro pré-aviso de 60 dias, com início no
dia 6 de janeiro de 2020”, vincou Bungonha Sanhá.
Embora
realce o papel das entidades religiosas guineense para evitar a nova
paralização das aulas nas escolas públicas, o sindicalista fez lembrar ao
executivo que os professores estão a agir de má fé, e os professores estão só a
exigir os seus direitos consagrados na lei e publicados no boletim oficial do
país.
Aos
jornalistas, Duarte Bungonha Sanhá revela que os sindicatos dos professores já
perderam a confiança no executivo, incluindo o próprio chefe do governo,
Aristides Gomes, devido a sua falta do engajamento nos acordos assinados entre
as partes.
De referir
que os sindicatos dos professores suspenderam no mes passado a greve nas
escolas públicas, que estava previsto para iniciar na segunda-feira, 11 de
novembro, graças a intervenção das entidades religiosas da Guiné-Bissau.
De referir
ainda que o Ministro da Educação Nacional, Dautarin da Costa, abriu formalmente
o ano lectivo, no passado mês de setembro, tendo como lema um ano lectivo “por
educação inclusiva e de qualidade”, na cidade de Bafata, leste do país.
Notabanca;
05.12.2019
A lei da greve tem de ser alterada passando a ser proibido a greve nos 90 dias antecedentes às eleições, para evitar aproveitamento dos partidos políticos ou candidatos presidenciais, tendo em conta que o sindicalismo virou política na Guiné Bissau.
ResponderEliminarPlenamente de acordo consigo Papa! Querem tirar o proveito de tudo, cambadas de oportunistas!
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