O Presidente da Assembleia de Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Na Biam, disse no último fim de semana que a falta da lealdade por parte do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-verde (PAIGC), na destruição de pastas governamentais está na origem das divergências entre as duas formações políticas.
Nuno Gomes Na Biam fez essa afirmação durante um debate televisivo entre os candidatos às presidenciais e que o colocou frente a frente com o seu adversário do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
No referido debate deviam estar presentes quatros candidatos entre eles, António Afonso Té, Nuno Gomes na Biam, Domingos Simões Pereira e Mutaro N’tai Djabi, mas só comparecerem os dois: Domingos Simões Pereira e Nuno Gomes Na Biam , e os restantes dois não comparecerem por motivo desconhecido.
“Digo que a falta de lealdade do PAIGC no cumprimento de Acordo de Incidência Parlamentar rubricado após as eleições legislativas de Março passado, é que motivou o desentendimento entre as duas formações políticas.
Nuno Nabiam
sublinhou que o PAIGC não cumpriu com a
sua promessa ou seja de permitir a APU-PDGB colocar as pessoas nos Ministérios
que pertencem ao partido no actual executivo de Aristides Gomes.
A título de
exemplo, Na Biam disse que o irmão de Domingos Simões Pereira, Camilo Simões
Pereira não devia ser nomeado nas funções de Presidente do Instituto Nacional
Segurança Social (INSS) uma vez que é uma instituição que lhes pertence.
Sublinhou
que o APU-PDGB está e estará sempre disposto para dar a sua contribuição no que
diz respeito ao bem-estar e desenvolvimento da Guiné-Bissau de modo a garantir
a paz e a estabilidade política e governativa.
“Caso venho
a vencer às eleições presidenciais estarei em condições de promover a paz
social, porque terei a capacidade de dialogar com diferentes quadrantes da
sociedade, ao contrario do Simões Pereira que mesmo sendo o vencedor das
presidenciais, acho que vai fazer pior governação em comparação com o
Presidente cessante José Mário Vaz, porque não terá capacidade de dialogar e de
encontrar as soluções com os seus adversários políticos”, afirmou Nuno Na Biam.
Acrescentou
que a capacidade de diálogo e de resolução de problemas é fundamental para um
governante e que por isso, jamais deve ser ignorada,de modo a salvaguardar sempre o bem comum.
Nuno Gomes
Na Biam disse que sendo ele vencedor das eleições presidenciais a sua luta
centrará em eliminar a corrupção no país e que priorizará a capacidade
intelectual na Função Pública guineense.
Questionado
pela plateia qual será a influencia que irá utilizar junto do governo para
implementar as políticas a favor da juventude e para incentivar o equilíbrio do
género na Administração Pública guineense, respondeu que primeiramente vai
lutar para que o país tenha um sistema educativo competitivo de modo a permitir
que os jovens estejam preparados para enfrentar o futuro e que não vai ficar as
mulheres de fora na luta pelo progresso da Guiné-Bissau.
Notabanca;
11.11.2019
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