Uma delegação composta por seis chefes de Estados da Comunidade Económica do Estados África Ocidental CEDEAO, chega a Guiné-Bissau no próximo sábado, dia 16 do mês curso, em cumprimento de uma das decisões saídas na Cimeira Extraordinária da CEDEAO realizada recentemente na capital do Níger ,sobre a situação política na Guiné-Bissau..
A delegação liderada pelo presidente do Níger é composta pelo Presidente
da Nigéria, da Costa de Marfim, do Gana,
da Gâmbia e da Guiné-Conacri,
Segundo um comunicado do Ministério Guineense dos Negócios
Estrangeiros,esta delegação será precedida de uma missão dos Chefes de
Estado-maior da CEDEAO.
Os chefes de Estados e
de Governos da CEDEAO defenderem na cimeira de Niamey ,realizada dia 08 do
corrente, a necessidade de se fazer uma revisão da Constituição da
Guiné-Bissau.
“É urgente fazer uma revisão
constitucional na Guiné-Bissau, mas não antes das eleições”, referiram em
comunicado.
A organização diz, no comunicado final da cimeira, que Vaz não tinha poderes para demitir o Executivo de Gomes e nomear um outro, liderado por Imbali, porque o seu mandato acabou a 23 de Junho e tinha acordado com a CEDEAO “permanecer em funções até à próxima eleição presidencial, mas a gestão dos assuntos correntes será assegurada pelo Governo”.
Face a esta situação, os chefes de Estado e de Governo decidiram ainda pedir ao presidente da comissão da organização, o marfinense Jean Claude Kassi, que proponha “uma lista de pessoas que cometeram actos que visavam fazer derrapar o processo eleitoral e a normalização política para que sejam sancionados imediatamente”. O que poderá levar à aplicação de sanções ao Presidente guineense e ao primeiro-ministro demissionário, Faustino Fudut Imbali.
Na sua carta de pedido de demissão, com data de 8 de Novembro, Imbali refere que o seu acto visa evitar um conflito armado no país. “Não faz sentido mobilizar os cidadãos neste momento para derramar mais sangue por uma inadmissível interferência de nossos próprios irmãos e irmãs africanas, que escolheram tomar partido numa disputa política local”.
Para os líderes da CEDEAO, se há alguém que colocou o país em risco de uma guerra civil foi o Presidente que decidiu nomear um novo executivo, quando não tem poderes para isso por o seu mandato já ter terminado e durante uma campanha eleitoral onde se apresenta como candidato.
“Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO exprimiram a sua grande preocupação perante esta nova reviravolta na situação, fazendo o país correr riscos políticos e institucionais, assim como uma potencial guerra civil”, lê-se no ponto 11 do comunicado de sete páginas.
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