sábado, 26 de outubro de 2019

PRS CONFIRMA MORTE DE UM DOS SEUS MILITANTES TORTURADO PELA POLÍCIA
Secretário da Juventude do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias, confirmou a morte de um homem de 48 anos por tortura pela polícia. Dias indicou que o malogrado foi espancado com correnhada de arma na cabeça e no rosto, causando sinais de ferimentos graves e a morte.

O Democrata constatou a presença de um corpo na casinha mortuária do Hospital Nacional Simão Mendes. A vítima, identificado como Demba Baldé, seria militante do PRS que participativa na manifestação esta manhã em Bissau. De acordo com o bilhete de identidade, Demba Baldé é natural de Cuntubuel, região de Bafatá, mas residia em Bissau, bairro de Plubá. Era funcionário da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB). 

Aos jornalistas presentes nas imediações de morgue do hospital Simão Mendes, Dias disse estar em condições de confirmar um  um óbito (Demba Baldé).

O líder juvenil confirmou ainda a libertação de todas as pessoas detidas pela polícia, mas não precisou o número exacto de detidos. Entre pessoas postas em liberdade, figura  Ilídio Vieira Té, membro da Comissão Política do PRS, detido na porta da Igreja de Cristo Redentor, próxima da sede dos renovadores.

“O nosso irmão morto pela polícia, foi agredido brutalmente com armas e bastões. Irmão Demba Baldé, foi apunhalado com correnhadas de armas e bastões. Um dos policial tinha uma arma com faca (punhal) e foi ele que acertou o Demba no pescoço. Ele perdeu muito sangue e acabou por morrer”, contou, para de seguida responsabilizar o governo de Aristides Gomes, inclusive o ministro do Interior, Juliano Ferandes, que considera de ator do ato que ceifou a vida do militante dos renovadores.

Assegurou neste particular que não vão desistir de manifestar, porque conforme disse “a política é democracia e a democracia tem que ser exercida através da manifestação que pretendiamos fazer”.
Lamentou ainda aquilo que considera do “silêncio” da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em relação às variás informações transmetidas aquela entidade através da direcção superior do partido e das diferentes candidaturas sobre o processo eleitoral, que segundo a sua explanação, não está a ser organizada de forma adequada, mas a CEDEAO  mantêm-se em silêncio.

Salienta-se que a manifestação foi organizada pelo Partido da Renovação Social (PRS), Movimento pela Alternância Democrática (Madem-G15) e pela Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático Guiné-Bissau (APU-PDGB) para contestar a forma como estão a ser organizadas as eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

Notabanca; 26.10.2019

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