MENSAGEM
À NAÇÃO POR OCASIÃO DA REPRESSÃO POLICIAL CONTRA MANIFESTANTES EM BISAU
Foi com grande tristeza que assistimos o trágico acontecimento hoje, que
duma simples manifestação pacifica, terminou com violência e perda de vida
humana. A Guiné-Bissau está de luto.
Ao longo dos cinco anos do meu mandato presidencial não tenho poupado
esforços para transformar definitivamente a Guiné-Bissau num país de
tolerância, de paz, de diálogo e de sã convivência entre os guineenses, sem
ódios, sem rancores e sem violência.
Ao longo dos cinco anos do meu mandato, eu esforcei-me por romper com o
passado de repressão, abusos do poder e violência que, ao longo de décadas,
vinham caracterizando a nossa sociedade.
No passado recente, apesar dos desmandos, das atitudes violentas e
provocações contra forças policiais em inúmeras manifestações, enquanto eu tive
abertura para o diálogo da parte de sucessivos governos que sempre me foi
possível exercer a minha magistratura de influência, eu promovi sempre a calma
e a contenção das forças policiais, em defesa da paz civil e da tranquilidade
interna. José Mário Vaz é um Presidente que não quer sangue no chão da
Guiné-Bissau e quer concretizar uma ruptura com o passado de violência e de
matanças.
Por isso, o Presidente da República, Chefe de Estado, Símbolo da Unidade,
Garante da Independência Nacional e da Constituição e Comandante Supremo das
Forças Armadas, não poderia ficar indiferente aos graves acontecimentos
registados hoje, dia 26 de Outubro de 2019, que pela primeira vez na história
do nosso país, resultaram no derramamento de sangue e sacrifício de vida humana
no decorrer de uma manifestação das liberdades democráticas consagradas na
Constituição da República da Guiné-Bissau.
A mortífera violência da repressão policial contra uma marcha pacifica de
cidadãos indefesos, que não constituía uma ameaça à segurança nem às
instituições ou à propriedade, representa uma disrupção que se afasta
vertiginosamente dos valores que temos promovido, semeando mais crispação e
discórdia, agravando as desconfianças em relação ao processo de preparação da
eleição presidencial.
Na Guiné-Bissau não pode haver mais lugar para o “quero, posso e mando”, nem
para um governo que dispõe aleatoriamente do direito à vida dos cidadãos.
Um governo que não só não garante a segurança dos cidadãos, como violenta e
abusivamente poe em causa a segurança e a integridade física dos nossos irmãos,
não está a servir os interesses da Nação Guineense.
A atuação violenta do actual governo contra a população contribui
perigosamente para a ruptura da paz social. No passado dia 22 do corrente mês a
Presidência da República advertiu e instou o governo a “assumir a
responsabilidade plena pelos seus actos e pela forma fracturante como vem
conduzindo matérias tão sensíveis e determinantes para o futuro do nosso país”.
Na ocasião dissemos que “qualquer perturbação da ordem vigente será da
exclusiva responsabilidade do governo. Não é hora de se tocar tambores com
facas”.
No passado dia 22 de Outubro, o Presidente da República, nas vestes de mais
alto magistrado da Nação, chamou “à razão o governo para que, em consequência
directa dos seus actos, nada venha assombrar o nosso país, depois de cinco anos
de acalmia, de sossego e de tranquilidade e de liberdade, em que o país começou
a trilhar um Novo Rumo de Paz, tolerância e respeito mútuo entre os
guineenses”.
Os trágicos e mortíferos acontecimentos hoje registados, demonstram que os
apelos à sensatez, proferidos pelo Presidente da República, não tiveram eco
dentro do governo, tentando a todo o custo, semear a confrontação, o caos e
instabilidade com o objectivo de inviabilizar eleições que se pretende
transparentes, livres e justas no dia 24 de Novembro.
Esta estratégia de confrontação resultaram hoje inúmeros feridos e um morto
já confirmado, facto inédito que envergonha e entristece a Guiné-Bissau.
O Presidente da República, em nome do Estado da Guiné-Bissau, apesenta as
condolências à família da vítima mortal desta repressão e deseja rápida
recuperação aos cidadãos espancados e violentados pela carga desnecessária e
desproporcional ordenada pelo governo. Em nome do nosso Estado o Presidente da
Repúblico apresenta desculpa e roga perdão a todos os que foram vítimas desta
insensatez e bárbara maldade.
Porém, os guineenses não têm e nunca tiveram medo, quando têm a força da razão.
Assim foi no passado e assim será na luta pacífica, contra uma elite, pela
restauração dos direitos e liberdades deste povo humilde, mas corajoso e
determinado a conquistar a liberdade individual e o bem-estar de cada homem e
cada mulher guineense.
Ao Senhor Primeiro-Ministro e Chefe do Governo o Presidente da Republica
convida a retirar as consequências politicas deste acto ocorrido hoje.
O Presidente da República recorda ao governo que nos ternos do Artº 103º da
Constituição, “o governo é politicamente responsável perante o Presidente da
República e perante a Assembleia Nacional Popular”, não podendo este órgão agir
sem dar conta dos seus actos às Instituições de soberania perante as quais ele
é politicamente responsável.
Irmãs e Irmãos Guineenses, o Presidente da República condena e repudia este
vergonhoso acto de violência e reitera o seu compromisso de estar sempre ao
lado do povo, e em defesa do Interesse Nacional para a construção de uma
sociedade na base de irmandade, de Paz, de Liberdade e Progresso para todos os
guineenses, sem exceção e sem distinção.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e Todos os seus filhos!
Notabanca; 26.20.2019
É este ex-presidente da república que criou a crise política no país durante os últimos 5 anos. Houve manifestações brutalmente reprimidas no seu regime, mortos nos hospitais por causa da crueldade das greves por ele encomendadas, que tiveram um rescaldo de oferta de viaturas aos líderes sindicais. Este ex-presidente não existe e não tem cultura democrática, porque se o tivesse não teria apresentado qualidade mensagem a nação, por entretanto estar no período de um candidato presidencial, sem poderes constitucionais de representação do país. Esperemos que o povo faça a justiça nas urnas no dia 24 de novembro próximo.
ResponderEliminar"Quando protegemos e educamos uma criança, estamos zelando por um futuro sem corruptos e marginais" pra ser melhor, mais não o menino Jomav que parece não Educado.
ResponderEliminarNão alimente corruptos com votos. Eles se reproduzem como ratos.
Se a justiça Guineense resolver mesmo condenar todos os corruptos do país começando com o Presidente da República, será necessário construir um novo presídio em cada cidade.
Enquanto não lutarmos por nossos deveres, os corruptos se deleitarão com nossos direitos abaixo Jomav o Pior de todos os Presidentes da Guiné-Bissau,
Voto nulo é o unico protesto de rejeição que não há participação de partidos ou grupos corruptos manipulando os mais ingênuos.
Vergonhoso é...
Ver um país rico por natureza ser usado por
políticos corruptos onde impera a mentira e a manipulação,enquanto isso o povo já não confia em que tão cedo virá tempos bons. Sr. Presidente no cansau obi bu mintidas ku bu muntrundadi saínos na Presidência bó...
Sinceramente o que se passa no nosso pais é lamentavel e vergonhoso,e o pior é que os jovens guinienses têm sido pagos pra que façam as marchas a favor dos que nao querem que a nossa guine avance...mas ca esta mais uma ocasião injusta e intoloravel sem cabimentos pra que medidas de urgencias sejam tomadas tomadas...pra que uma marcha objectiva seja feita...mas nao os farão...ou estarão a espera para que sejam pagas pra que haja iniciarivas de patriotismo???GUINIENSES ACORDEM!!
ResponderEliminarNao aceitaremos que alguns grupinhos ponham em causa o bem estar da nossa guine...aconteça o que acontecer.. custe o que custar..e de hoje em diante que dure o tempo que durar..daremos as nossas vidas...derameremos os nossos sangues para que as gerações futuras benificiem das razões das nossas lutas .QUE DEUS ABENÇOE A GUINE BISSAU
ResponderEliminarViva DSP
ResponderEliminar