quarta-feira, 21 de agosto de 2019

EX-PRESIDENTE OMAR AL BASHIR OUVIDO NO TRIBUNAL POR CORRUPÇÃO
O ex-Presidente sudanês, Omar al-Bashir, começou a ser ouvido por um tribunal nos arredores da capital, Cartum, acusado de corrupção e enriquecimento pessoal.
O seu advogado diz tratar-se de  uma campanha de calúnia na comunicação social sublinhando que ainda o tribunal não apresentou qualquer prova contra o seu constituinte.
O ex-Presidente sudanês, destituído a 11 de abril, após meses de manfestações em todo o país, é acusado geralmente de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio, compareceu perante o tribunal, apenas por corrupção, nomeadamente, roubo de 90 milhões de dólares e tráfico de influência.


Omar al-Bashir, reconheceu ter recebido 90 milhões de dólares líquidos da Arábia Saudita, mas para resolver problemas graves do país.

O seu advogado, Ahmad Ibrahim al Taher, cauciona a versão do seu constituinte e denuncia uma campanha na comunicação social com acusações excessivas.

"Com certeza que há um enorme julgamento mediático contra Omar al-Bashir, há acusações excessivas. Eles dizem que o Presidente roubou a torto e a direito  e que transferiu o dinheiro para o estrangeiro.

"O que se passa fora da sala deste tribunal não passa duma acusação monstruosa. Na realidade o que se vive na sala é completamente diferente e tem a ver com a apresentação de provas e até agora o tribunal não avançou com nenhuma prova". 

Contudo, a Amnistia Internacional, reagiu dizendo que não se deve ficar apenas por acusações de corrupção contra o ex-Presidente do Sudão, acusado por crimes contra a humanidade e genocídio em Darfur, na parte ocidental do país.

Omar al-Bashir é alvo de 2 mandados de captura pelo Tribunal Penal Internacional, pelos mesmos crimes contra a humanidade.

A comparência do ex-Presidente sudanês, surge dias depois da assinatura de um acordo entre militares e a Frente da Liberdade e da Mudança prevendo um Conselho soberano para supervisionar um período de transição até um governo sair de eleições livres e democráticas.

Notabanca; 21.08.2019

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