O
Director-geral da Agência de Notícias da Guiné (ANG) afirmou esta terça-feira
que, uma agência de noticias pode contribuir para o desenvolvimento de um país
com informações que divulga e que podem sensibilizar vários parceiros.
Salvador
Gomes sustentou que as agências fazem
tratamento factual dos acontecimentos e isso as coloca mais perto da verdade,
pelo que os projectos, as necessidades e as fraquezas de uma país são melhor
“publicitadas” pelas agências de notícias.Gomes falava em entrevista à Rádio Voz de Quelélé e ANG, no âmbito dos 44 anos de existência do órgão, hoje assinalada.
Explicou que
as agências são grossistas de
informação, noutros quadrantes consideradas o porta-voz de Estado no
exterior, e com funções de produzir e distribuir notícias para outros órgãos.
Referindo-se
ao órgão que dirige há 17 anos, disse que a ANG viveu momentos altos e baixos,
salientando que nos primeiros anos de independência a imprensa nacional e estrangeira
dependiam da ANG no que diz respeito as informações relacionadas às regiões.
“Antes do
conflito militar de 07 de Junho de 1998 a Agência funcionava de forma normal mas depois da guerra entrou em ruínas. A nossa sede serviu
de caserna das tropas senegalesas. Terminada a guerra até computadores
avariados desapareceram da ANG”, disse.
Perante esta
situação,o então director, Pedro Albino teve que providenciar um projecto de relançamento
da ANG mas que não foi implementado conforme previsto, apesar de ter
beneficiado de um apoio financeiro que cobria cerca de 80 por cento das
necessidades previstas.
Salvador
Gomes sublinhou que actualmente as dificuldades que a ANG enfrenta são imensas,
e que a maioria das pessoas que lá trabalham
é funcionário não efectivo, com cinco meses de subsídio em atraso.
Gomes disse
que a efectivação do pessoal na Função Pública é uma das prioridades, tendo
acrescentado que por isso, está a evidenciar os seus esforços junto do novo
Secretário de Estado da Comunicação Social para efectivar mais pessoas,
inclusive os correspondentes regionais,
uma vez que os mesmos garantem maior cobertura
à uma agência de notícias.
“ É nossa
obrigação, enquanto órgão do estado, acompanhar o dia-a-dia das populações do
interior. Na prática, até aqui, temos concentrado mais em acontecimentos
oficiais em detrimento de assuntos em que o sujeito da notícia são as nossas
populações”, sustentou.
Referiu que a ANG já perdeu muitos quadros
devido a dificuldades do órgão e que há o risco de se perder mais quadros.
A ANG
funciona actualmente com nove jornalistas, dois técnicos informáticos, um
electricista e oito pessoal administrativo, e com duas plataformas de divulgação
das suas produções : um blogue(angnoticias.blogspot.com) e um site(www.ang.gw). Não
tem internet próprio, utiliza uma linha wifi do Nô Pintcha muito precária, que
nem consegue abrir o site.
O órgão que,
por lei, é proibido de fazer publicidades, do Estado só recebe o pagamento de
salários.
Notabanca;
20.08.2019
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