O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, entregou hoje ao Presidente guineense, José Mário Vaz, o dossiê de avaliação ao processo eleitoral em curso no país, nomeadamente o recenseamento eleitoral, que foi prolongado por mais um mês.
"Esta avaliação irá permitir ao senhor Presidente ter uma ideia exata da situação no que concerne aos preparativos para o escrutínio e em função dessa ideia tomar-se-ão decisões para que possamos chegar a bom porto, organizando eleições transparentes, livres e justas no nosso país", afirmou, no final do encontro, aos jornalistas, Aristides Gomes.
Questionado sobre o comunicado conjunto das Nações Unidas, da União
Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que pede
todos os esforços para realizar eleições legislativas a 18 de novembro, mesmo
já se sabendo que o recenseamento se vai prolongar para além daquela data, o
primeiro-ministro disse tratar-se de um comunicado de "apoio ao processo
eleitoral".
"Penso que é um comunicado de apoio ao processo eleitoral. Quer dizer
que nós nos devemos compenetrar em permanência nessa necessidade de esforços
para que possamos sair disto o mais rapidamente possível", disse Aristides
Gomes.
O primeiro-ministro guineense afirmou também que estão a ser feitos
esforços conjuntos com toda a comunidade internacional, destacando o apoio da
Nigéria e de Timor-Leste.
"Toda a gente está a fazer esforço, nós, Governo, o Presidente da
República, e pensamos que os partidos também devem fazer esforços para
compreender que a situação é de exceção, difícil, mas que a Guiné-Bissau vai
sair disto. Temos de encontrar o caminho para uma estabilização política
definitiva", sublinhou.
O processo eleitoral para as legislativas, marcadas para 18 de novembro na
Guiné-Bissau, tem sido bastante criticado pelos partidos políticos e pela
sociedade civil, principalmente o recenseamento, que começou atrasado, a 20 de
setembro.
Recentemente, o Governo anunciou o que o recenseamento eleitoral se deveria
prolongar até 20 de novembro e terminar dois dias depois da data marcada para a
realização das legislativas, que deverão ter de ser adiadas.
De acordo com a Lusa, a nova data das eleições legislativas ainda não foi confirmada, mas fontes
ligadas ao processo admitem dois cenários, nomeadamente eleições em meados de
dezembro ou em finais de janeiro de 2019.
Notabanca; 26.10.2018
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