OS CINCO PRINCÍPIOS DE NETANYAHU PARA “LIBERTAR” GAZA
O
primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, discursou esta tarde em
Jerusalém, dias depois e o seu gabinete ter aprovado um plano que inclui a
ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do território palestiniano.
Durante o discurso, Benjamin Netanyahu apresentou aquilo que considera ser a base para encerrar o conflito na Faixa de Gaza: cinco princípios que, segundo o primeiro-ministro, traçam o caminho para “libertar” o território.
O
plano começa com o desarmamento total do Hamas e a libertação de todos os
reféns ainda em cativeiro. Prevê ainda a desmilitarização completa de Gaza e a
garantia de que Israel manterá um controlo de segurança absoluto sobre o
enclave. Por fim, Netanyahu defende que a administração civil local seja
pacífica e não-israelita, ainda que não tenha revelado quem poderia assumir
esse papel.
Benjamin
Netanyahu afirmou que Israel já controla militarmente entre 70% e 75% do
território e que a ofensiva contra a cidade de Gaza e os campos de refugiados
será lançada “muito em breve”.
Apesar
de ter afirmado que “o objetivo não é ocupar Gaza”, anunciou a criação de
“zonas de segurança” para onde a população será deslocada e onde, garante,
haverá comida, água e assistência médica.
Sobre
a crise humanitária, Netanyahu negou a existência de uma “política de fome” e
acusou o Hamas e a ONU de dificultarem a entrada e distribuição de ajuda,
chegando mesmo a considerar um processo contra o New York Times devido a uma
reportagem que, diz, contém imagens enganosas.
O conflito desencadeou
após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200
mortos em Israel. Desde então, a ofensiva israelita já provocou mais de 61 mil
mortos em Gaza, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas.
Notabanca; 11.08.2025
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