TRUMP EXIGE RETIRADA IMEDIATA DE SEM-ABRIGO DE WASHINGTON PARA CAMPO DE GOLFE
O presidente norte-americano
ordenou a saída dos sem-abrigo da capital, sob ameaça de despejo e prisão,
apesar dos índices de criminalidade estarem no ponto mais baixo em três
décadas.
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou este domingo que os
sem-abrigo deixem imediatamente Washington DC, sob pena de serem alvo de
despejo, e prometeu recorrer a agentes federais para efetuar detenções.
“Os sem-abrigo têm de sair, IMEDIATAMENTE. Vamos dar-vos locais para ficar, mas LONGE da capital”, escreveu Trump na sua rede social Truth Social. A mensagem foi acompanhada de quatro fotografias tiradas, aparentemente, a partir da sua comitiva oficial, mostrando tendas e pessoas a dormir na rua ao longo do percurso.
Duas
das imagens revelam dez tendas montadas junto a uma saída de autoestrada, a
pouco mais de 1,5 quilómetros da Casa Branca. Outra mostra uma pessoa deitada
nas escadas do American Institute of Pharmacy, e a última regista lixo
espalhado numa via rápida próxima do Kennedy Center, diz o The Guardian.
Trump
aproveitou ainda para anunciar uma conferência de imprensa marcada para esta
segunda-feira, alegando que o evento “irá, essencialmente, pôr fim ao crime
violento” na capital, sem explicar de que forma. Mais tarde, acrescentou que
também abordaria questões de “limpeza” urbana.
Em
reação, o movimento Free DC, defensor da autodeterminação da cidade, agendou um
protesto para coincidir com a conferência do presidente.
Os
números, no entanto, contrariam a narrativa presidencial. De acordo com a
organização Community Partnership, que trabalha na prevenção da falta de
habitação em Washington DC, cerca de 800 pessoas dormem ao relento em qualquer
noite na cidade, que tem cerca de 700 mil habitantes. Outras 3.275 recorrem a
abrigos de emergência e 1.065 vivem em unidades de habitação transitória.
No que respeita à
criminalidade, dados da polícia metropolitana, divulgados em janeiro pelo
governo federal, mostram que o crime violento em 2024 caiu 35% face a 2023,
atingindo o nível mais baixo em mais de 30 anos.
Notabanca; 11.08.2025

Sem comentários:
Enviar um comentário