ONU ALERTA QUE NÃO SERÁ FÁCIL TER A PAZ NA UNCRÂNIA E APONTA MISSÃO DE MANUTENTAÇÃO DA PAZ
Um cessar-fogo deve abrir caminho a uma "paz justa, uma paz que respeite a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral, incluindo a resolução sobre a integridade territorial da Ucrânia", defendeu Guterres em Berlim no final de uma reunião ministerial sobre missões de manutenção da paz.
"É importante que o direito internacional
prevaleça. No dia em que abdicarmos do direito internacional, estaremos a abrir
caminho para o caos em todo o mundo", alertou o secretário-geral da ONU.
Questionado sobre a possibilidade do envio de uma
missão de paz para a Ucrânia, o antigo primeiro-ministro português afirmou que
a ONU está "determinada a prestar qualquer apoio" solicitado pelas
duas partes, caso estas cheguem a acordo para que a decisão seja validada pelo
Conselho de Segurança.
"Se um cessar-fogo e uma paz como os que descrevi
puderem ser aprovados pelo Conselho de Segurança, será um passo importante em
frente, mas não será um trabalho fácil", observou.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que
também participou na conferência, reconheceu que não está otimista em relação à
possibilidade de ser alcançado um cessar-fogo nos próximos dias.
"Até agora, não vimos qualquer vontade de
[Presidente russo, Vladimir] Putin em viajar para Istambul e manter um
cessar-fogo durante alguns dias para enviar uma mensagem. Deve ser julgado
pelas suas ações, não pelas suas palavras", sustentou o ministro alemão,
referindo-se aos contactos entre Kiev e Moscovo previstos para quinta-feira na
Turquia.
Questionado sobre um possível contributo alemão para
uma missão de manutenção da paz, Pistorius quis evitar especulações e manter a
"ambiguidade estratégica".
Uma vez alcançado o cessar-fogo, chegará o momento de
esta possibilidade ser discutida no âmbito da UE, da NATO, da chamada Coligação
dos Dispostos e também da ONU, disse ainda Pistorius.
Mais de três anos após o início da invasão russa da
Ucrânia, Kiev e Moscovo relançam esta semana conversações de paz diretas na
Turquia, as primeiras desde a primavera de 2022.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desafiou o
homólogo russo, Vladimir Putin, a estar presente para negociar cara a cara, mas
o líder do Kremlin manteve-se em silêncio sobre a sua presença e sobre a
composição da delegação russa.
Notabanca; 13.05.2025

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