EMPRESA EXPLORADORA DE AREIA PESADA EM VARELA SAI DO SILÊNCIO APÓS UM MÊS DA INCINERAÇÃO DAS MAQUINAS
A empresa GMG Internacional detentora de licença para a exploração das areias pesadas no bloco 12, situada em Nhiquim, na seção de Suzana em Varela, vítima de incêndio, em abril último, acusou hoje a comunidade local de ser hostil ao trabalho da empresa.As acusações foram proferidas esta quarta-feira em Bissau, pelo administrador da empresa, durante a conferência de imprensa, que contou com a presença do maior acionista da empresa, Peter Zhog.
Segundo Raimundo Joaquim Tonha, desde a
chegada da empresa na localidade de Nhiquim, em 2022, nunca conseguiu realizar
os seus trabalhos conforme o acordado na licença atribuída pelo governo, para a
exploração do mineiro.
“A empresa está aqui desde 2022, teve
todo o aval do estado para operar, mas não foi possível desenvolver as suas
atividades devido a hostilidade da comunidade e, nós temos a licença de três
anos para explorar o mineiro aqui”, explica.
Um grupo de mulheres havia ateado fogo
no passado dia 18 de abril, às máquinas da empresa GMG Internacional (FZC) SA,
responsável pela exploração das areias pesadas no bloco 12 em Nhiquim,
resultando este caso na detenção de várias pessoas.
Na altura, a ONG Tiniguena diz que “a
exploração mineira na Guiné-Bissau está a ser caracterizada pela ausência de
uma visão estratégica, pela falta de transparência, corrupção e desrespeito às
normas nacionais e internacionais, que regulam as atividades”.
Em conferência de imprensa desta
quarta-feira, o administrador apesar de ter garantido que a empresa cumpriu com
todos os requisitos necessários, pediu um benefício de dúvida por parte da
comunidade para depois julgar.
“Alguém pode pensar que nós não temos boa-fé para com a comunidade mas não, nós temos boa-fé e não sabemos se estamos a apagar a futura da outra empresa que operava aqui mas, pedimos a benefício de dúvida que nos deixa trabalhar, pelo menos nos dois aos que já estamos aqui fizemos vários gestos incluindo a reabilitação da via”, diz para depois assegurar que “mesmo com os danos sofrido a empresa e os accionistas estão disponível em continuar a trabalhar para explorar o minério no local indicado”.
Os populares da secção de Suzana não
concordam com o processo de exploração das areias pesadas, por estarem
reticentes quanto aos efeitos negativos da referida exploração mineira.
O incêndio, segundo a empresa, provocou um prejuízo que ronda os 6 milhões de dólares americanos. Ao reagir a este episódio, o governo reafirmou o seu compromisso com “a justiça e com a proteção dos investimentos legalmente estabelecidos no país, bem como com a defesa dos direitos e interesses das comunidades locais”.
Notabanca; 13.05.2025









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