O papa Francisco terminou, sexta-feira, a sua visita de três dias a Moçambique com uma missa campal no estádio do Zimpeto, em Maputo.
Perante
milhares de pessoas, o líder da Igreja Católica apelou à reconciliação nacional
e fez alusão à situação de violência armada em Cabo Delgado.
No dia
em que se assinala um mês após a assinatura de um acordo de paz entre Governo e
a Renamo, Francisco pediu que se amem os inimigos, sem lhes responder com
violência, numa homília em que fez alusão à situação de violência armada em
Cabo Delgado.
"Muitos
de vós podem ainda contar em primeira mão histórias de violência e discórdia,
uns na sua casa, outros de conhecidos" e "outros ainda pelo temor que
feridas do passado se repitam e tentem apagar o caminho de paz já percorrido,
como em Cabo Delgado", referiu.
A região
nortenha de Moçambique enfrenta desde há três anos ataques a aldeias feitos por
grupos armados dos quais pouco se conhece, além dos indícios de radicalização
islâmica. Os ataques já provocaram pelo menos 200 mortos e milhares de
deslocados internos.
Desde
que chegou, na quarta-feira, o papa Francisco saudou os esforços pela paz em
Moçambique e apelou aos jovens para que sejam persistentes e protagonistas da
pacificação.
Por
outro lado, o líder da igreja católica defendeu a necessidade de se colocar em
prática a reconciliação nacional em Moçambique e lamentou a vivência do povo
abaixo do nível de pobreza num país onde os recursos naturais são abundantes.
O papa
falou perante 90 mil pessoas que assistiram à missa no Estádio Nacional do
Zimpeto em Maputo. O acto marcou o fim da sua visita de três dias a Moçambique.
A visita
à África Austral continua em Madagáscar e nas ilhas Maurícias.
Notabanca;
10.09.2019
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