terça-feira, 10 de setembro de 2019

CEDEAO PROPÔS A MANUTENÇÃO DOS CADERNOS ELEITORES DAS LEGISLATIVAS PARA AS PRESIDENCIAIS
A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), propôs aos partidos políticos com assento parlamentar e candidatos independentes às presidenciais a manutenção dos cadernos eleitorais das legislativas de março, para o próximo pleito de novembro na Guiné-Bissau.
A intenção da CEDEAO foi transmitida aos atores políticos guineenses, incluindo o Chefe de Estado, José Mário Vaz, por via de uma delegação de alto nível da organização sub-regional que esteve segunda-feira, em Bissau, para avaliar os preparativos para as eleições presidenciais na Guiné-Bissau.
Além da proposta para a manutenção dos cadernos eleitorais, a CEDEAO espera que as eleições presidenciais decorram na data marcada ou antes do final do ano em curso.
Em declarações aos jornalistas à saída do encontro com a missão de alto nível da organização sub-regional, o líder do PAIGC e candidato presidencial, Domingos Simões Pereira, congratulou-se com a proposta e foi mais longe pedindo que se assine um termo de compromisso nesse sentido para evitar futuras contestações por parte dos atores políticos.
O MADEM-G15, transmitiu a missão sub-regional que continua a defender a realização de um novo recenseamento para as presidenciais de novembro ou atualização dos cadernos eleitorais.
De acordo com o porta-voz do MADEM G15, Djibril Baldé, um novo recenseamento ou atualização dos cadernos eleitorais são duas disposições legais que possam evitar contestações do processo.
De acordo com a radio Jovem, líder da bancada parlamentar do PRS, Sola Nquilin voltou a considerar de ilegal a iniciativa do executivo de fazer a consolidação do registo eleitoral às eleições presidenciais de 24 novembro.
O lider do Partido da Unidade Nacional (PUN) e candidato às eleições presidenciais, Idrissa Djaló, entende que o mais importante neste momento é permitir ao povo guineense escolher o seu novo Presidente da República para os próximos 5 anos
A Guiné-Bissau vai realizar eleições presidenciais a 24 de novembro, mas o trabalho do Governo para consolidar os cadernos eleitorais através da correção de falhas técnicas que impediram quase 25.000 eleitores de votar nas legislativas está a provocar polémica, nomeadamente com os partidos na oposição e com alguns candidatos independentes.
O Madem G15 e o PRS, ambos na oposição, bem como a APU – PDGB, no Governo, recusaram-se a indicar fiscais para o processo de correção das omissões nos cadernos eleitorais, por não concordarem com a iniciativa, e têm defendido a realização de um novo recenseamento ou a sua atualização.
As eleições presidenciais estão orçadas em 5,9 milhões de euros.
O mandato do atual chefe de Estado, José Mário Vaz, candidato à sua sucessão, terminou formalmente em 23 de Junho passado.
A CEDEAO tem mediado a crise política na Guiné-Bissau desde 2016.
Notabanca; 10.09.2019

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