O novo
ministro da Economia e Finanças Geraldo Martins prometeu hoje reduzir para
metade o défice público do país até final do ano, através de maior rigor no
controlo das despesas públicas e aumento das receitas.
Geraldo Martins apontou como causa do
défice, entre outras, alguns compromissos que o anterior Governo teve de
assumir, sobretudo a partir de janeiro deste ano, nomeadamente as despesas com
a realização de eleições legislativas e o reajuste salarial, em decorrência de
exigências dos sindicatos dos trabalhadores da Função Pública.
O Estado guineense "foi obrigado a
honrar aqueles compromissos", mas em contrapartida não houve aumento na
arrecadação de receitas, precisou Martins que agora vai propor medidas para
"comprimir ao máximo" as despesas públicas, através do comité de
tesouraria nacional, e outras para fazer crescer as receitas, até final do ano.
Entre as medidas, precisou o ministro,
está a aprovação do Orçamento Geral do Estado de 2019.
"Neste momento, o défice fiscal da
Guiné-Bissau está a volta de 6 % em relação ao Produto Interno Bruto, o nosso
objetivo, de acordo com os critérios de convergência da UEMOA (União Económica
e Monetária da África Ocidental), é faze-lo baixar para cerca de 3 %"
explicou Geraldo Martins.
Outra meta do novo ministro da Economia
e Finanças é retomar as conversações com
o Fundo Monetário Internacional (FMI), interrompidas em janeiro, para permitir
que seja feita a sexta avaliação ao cumprimento dos objetivos fixados no âmbito
do Programa Alargado de Crédito que vai permitir ao país receber um crédito, no
valor total de 27,6 milhões de euros.
O FMI adiou aquela avaliação, em
janeiro, aguardando pela realização das eleições legislativas, que tiveram
lugar a 10 de março.
Notabanca;
23.07.2019
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