terça-feira, 30 de janeiro de 2018

DEMOCRÁTICOS ACUSAM  REGIME DE UTILIZAR MEIOS DO ESTADO PARA VIOLENTAR DEMOCRACIA
Um coletivo de 18 partidos guineenses considerou que a democracia está ameaçada na Guiné-Bissau com a utilização de meios do Estado contra um partido político, declarou o porta-voz do grupo, Agnelo Regalla.
Em conferência de imprensa, Regalla, ladeado de vários líderes do Coletivo de Partidos Democráticos, informou que o grupo "está solidário com o PAIGC", cuja sede foi hoje cercada e posteriormente invadida pela polícia.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) deveria iniciar o seu 9.º congresso, mas a polícia disse ter ordens judiciais para impedir o arranque dos trabalhos na sequência de disputas internas entre militantes.
Para o Coletivo, a atuação da polícia "é o cumprimento de orientações do Presidente José Mário Vaz", a quem acusam de pretender "implantar uma ditadura" na Guiné-Bissau, disse.
"Hoje acontece com o PAIGC, apanha pode acontecer com qualquer outro partido, em que são utilizados os meios do Estado para violentar a própria democracia", observou Agnelo Regalla, líder do partido União para Mudança (UM), com um representante no Parlamento guineense.
O dirigente adiantou que o Coletivo já tem em marcha uma estratégia para denunciar a atuação das autoridades do país, a quem, disse, pretendem "mandar uma mensagem forte e clara" de repúdio ao que se passa com o PAIGC, destacou.
Agnelo Regalla disse que três partidos com assento parlamentar integrantes do grupo (PAIGC, PCD e UM) decidiram não participar nas auscultações desta terça-feira iniciadas por José Mário Vaz para nomeação do novo primeiro-ministro, em sinal de solidariedade e de protesto com o que se passa com o PAIGC. Das audiências com o chefe do Estado guineense apenas compareceram dois dos cinco partidos representados no Parlamento, o PRS e o PND.
Notabanca; 30.01.2018

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