terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PAIGC RESPONSABILIZA PRESIDENTE GUINEENSE "PELO SEQUESTRO À SUA SEDE"
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, responsabilizou o Presidente do país de ser o mandante do "sequestro à sede" do partido em Bissau.
Numa conferência de imprensa, na presença de dezenas de militantes,  Domingos Simões Pereira, afirmou que o Presidente guineense, José Mário Vaz, "está refém do grupo dos 15" deputados expulsos do PAIGC, pelos quais, acusou, age. 
Em audiência concedida a uma entidade estrangeira, José Mário Vaz teria afastado qualquer hipótese de intervir no problema com o PAIGC, afirmou Domingos Simões Pereira, acrescentando que o Presidente guineense considerou tratar-se de um assunto judicial.
"Tratando-se de uma questão judicial ele não tem condições para intervir, mas o que ele pensa ser a chave para resolver o problema seria pedir ao presidente do PAIGC que se sentasse à mesa e negociasse com o coordenador do grupo dos 15", sublinhou Simões Pereira.
A polícia cercou a sede do PAIGC desde a última madrugada, impedindo aquele partido de iniciar o seu congresso, alegando o cumprimento de ordens judiciais, determinadas por vários tribunais. As alegadas ordens judiciais teriam sido solicitadas por militantes que se consideram injustamente excluídos do congresso.
Polícia agiu "a mando do Presidente"

Para o líder do PAIGC, a policia está a agir "a mando do Presidente" que por sua vez, recorre aos instrumentos do Estado "para satisfazer as vontades do grupo dos 15" deputados expulsos do partido, por alegada indisciplina partidária, observou.
Domingos Simões Pereira exorta o Presidente do país a mandar levantar o cerco à sede do partido, sob pena de ser considerado "um fora de lei" que, frisou, não merece e nem deve ser respeitado pelos cidadãos.
Conforme DW, O líder do PAIGC não percebe, igualmente, a "passividade da Ecomib", força de interposição da África Ocidental instalada na Guiné-Bissau e espera que a comunidade internacional, nomeadamente o próprio secretário-geral das Nações Unidas, ajam de forma a criar condições de segurança para que o partido possa realizar o seu congresso. Viatura da polícia bloqueia uma artéria de Bissau.
Domingos Simões Pereira lembrou que a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que tem tentado mediar a crise guineense, atua com mandato da União Africana que, por sua vez, age em nome do Conselho de Segurança da ONU.
Notabanca;30.01.2018

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