terça-feira, 5 de agosto de 2025

GRANDE JÚRI AVALIA INVESTIGAÇÃO TRUMP-RÚSSIA

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, determinou a apresentação de provas perante um grande júri, no seguimento de informações encaminhadas pela principal autoridade de informações do executivo de Donald Trump.

O objetivo é apurar se existem fundamentos para avançar com acusações formais, estando em aberto que figuras judiciais ou políticas poderão estar entre os visados. A notícia é avançada pela Fox News e a agência AP.

No sistema judicial norte-americano, cabe a um grande júri avaliar se há motivos para acreditar que um crime foi cometido, mas sem decidir sobre a culpa ou inocência de um suspeito.

Esta decisão surge em linha com as queixas antigas de Trump sobre a investigação às suas ligações à Rússia — tema que voltou ao centro das atenções após críticas ao tratamento dado a documentos do caso Jeffrey Epstein.

A investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016 foi conduzida por Robert Mueller, que obteve condenações contra vários conselheiros de Trump, embora sem provas de conspiração entre Moscovo e a campanha republicana. Ainda assim, figuras como James Comey (ex-diretor do FBI) e John Brennan (ex-diretor da CIA) tornaram-se alvos de apoiantes de Trump. No mês passado, o Departamento de Justiça sugeriu investigar ambos, sem revelar pormenores.

Apesar de várias entidades oficiais terem documentado um esforço da Rússia para favorecer Trump, incluindo a divulgação de e-mails democratas e campanhas secretas nas redes sociais, o executivo tem contestado essa leitura.

Tulsi Gabbard, diretora nacional de informações, divulgou documentos confidenciais que colocam em causa a alegada interferência e apontam para uma tentativa da administração Obama de ligar Trump à Rússia.

O conselheiro especial Jack Smith, responsável por dois processos contra Trump em 2023, está agora sob investigação por alegadas atividades políticas ilegais. Os processos acusavam Trump de tentar anular os resultados eleitorais de 2020 e de reter documentos confidenciais. Ambos foram arquivados após a vitória de Trump nas eleições de 2024, com Smith a invocar a política que impede a acusação de um Presidente em funções.

Notabanca; 05.08.2025 

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