GRANDE JÚRI AVALIA INVESTIGAÇÃO TRUMP-RÚSSIA
A procuradora-geral dos Estados
Unidos, Pam Bondi, determinou a apresentação de provas perante um grande júri,
no seguimento de informações encaminhadas pela principal autoridade de
informações do executivo de Donald Trump.
O objetivo é apurar se existem fundamentos para avançar com acusações formais, estando em aberto que figuras judiciais ou políticas poderão estar entre os visados. A notícia é avançada pela Fox News e a agência AP.
No
sistema judicial norte-americano, cabe a um grande júri avaliar se há motivos
para acreditar que um crime foi cometido, mas sem decidir sobre a culpa ou
inocência de um suspeito.
Esta
decisão surge em linha com as queixas antigas de Trump sobre a investigação às
suas ligações à Rússia — tema que voltou ao centro das atenções após críticas
ao tratamento dado a documentos do caso Jeffrey Epstein.
A
investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016 foi conduzida por
Robert Mueller, que obteve condenações contra vários conselheiros de Trump,
embora sem provas de conspiração entre Moscovo e a campanha republicana. Ainda
assim, figuras como James Comey (ex-diretor do FBI) e John Brennan (ex-diretor
da CIA) tornaram-se alvos de apoiantes de Trump. No mês passado, o Departamento
de Justiça sugeriu investigar ambos, sem revelar pormenores.
Apesar
de várias entidades oficiais terem documentado um esforço da Rússia para
favorecer Trump, incluindo a divulgação de e-mails democratas e campanhas
secretas nas redes sociais, o executivo tem contestado essa leitura.
Tulsi
Gabbard, diretora nacional de informações, divulgou documentos confidenciais
que colocam em causa a alegada interferência e apontam para uma tentativa da
administração Obama de ligar Trump à Rússia.
O conselheiro especial
Jack Smith, responsável por dois processos contra Trump em 2023, está agora sob
investigação por alegadas atividades políticas ilegais. Os processos acusavam
Trump de tentar anular os resultados eleitorais de 2020 e de reter documentos
confidenciais. Ambos foram arquivados após a vitória de Trump nas eleições de
2024, com Smith a invocar a política que impede a acusação de um Presidente em
funções.
Notabanca; 05.08.2025

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