GUINÉ-BISSAU PEDE REFORMA PARA GARANTIR MAIS RECURSOS E JUSTIÇA NO APOIO AO DESENVOLVIMENTO
O Presidente Umaro Sissoco Embaló
apelou, na conferência da ONU em Sevilha, a uma reforma urgente do sistema
financeiro internacional para garantir mais recursos e justiça no apoio ao
desenvolvimento.
O Presidente Embaló disse hoje (30-06) que países como o que lidera precisam de recursos para o desenvolvimento "muito além" do que conseguem mobilizar com a atual arquitetura internacional de financiamento e apelou a abordagens mais realistas.
"Países como a Guiné-Bissau
precisam de mobilizar recursos significativos" para concretizar os
objetivos de desenvolvimento sustentável acordados pela comunidade
internacional "muito além do possível atualmente com receitas internas ou
ajuda externa", disse Umaro Sissoco Embaló, no plenário da IV Conferência
Internacional sobre Financiamento ao Desenvolvimento da ONU, que arrancou esta
segunda-feira em Sevilha.
Umaro Sissoco Embaló destacou que esta é
quarta conferência da ONU sobre financiamento ao desenvolvimento, mas
"infelizmente os compromisso e objetivos assumidos" anteriormente,
"não estão plenamente concretizados".
"É momento de rever a nossa
abordagem e encontrar mecanismos de financiamento mais realistas e adaptados às
necessidades dos países em desenvolvimento", afirmou, perante uma
assembleia com representantes de mais de 190 países da ONU.
Umaro Sissoco Embaló realçou também o
peso da dívida externa para os países em desenvolvimento, que "torna mais
difícil investir em desenvolvimento sustentável" e pediu "mais
flexibilidade e um tratamento mais equilibrado no sistema financeiro
internacional".
"A Guiné-Bissau defende a reforma
profunda da arquitetura financeira internacional para que se torne mais justa,
equitativa e acessível aos países mais vulneráveis", afirmou.
Umaro Sissoco Embalo realçou que é
preciso sair de Sevilha "com resultados positivos" e que os países em
desenvolvimento esperam "decisões concretas capazes de mobilizar toda a
comunidade internacional a favor do desenvolvimento e da erradicação da
pobreza".
O Presidente guineense sublinhou, por
outro lado, que nos 80 anos da ONU, o mundo precisa "mais do que
nunca" de uma "paz global e duradoura, de um multilateralismo e uma
cooperação internacional reforçados".
Mais de 60 líderes mundiais estão na
conferência de Sevilha sobre o financiamento para o desenvolvimento, que ocorre
dez anos depois da anterior, na Etiópia, em 2015.
Notabanca; 01.07.2025









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