quarta-feira, 11 de outubro de 2023

PAPA PEDE LIBERTAÇÃO IMEDIATA DE REFÉNS DO HAMAS

O Papa Francisco apelou hoje para a libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas e manifestou-se "muito preocupado" com o cerco à Faixa de Gaza pelas forças israelitas.

“Peço que os reféns sejam libertados imediatamente”, disse Francisco no final da audiência geral semanal no Vaticano, citado pela agência francesa AFP.

“Quem é atacado tem o direito de se defender, mas estou muito preocupado com o cerco total em que vivem os palestinianos em Gaza, onde também há muitas vítimas inocentes”, declarou o chefe da Igreja Católica.

O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.

Além de ter matado centenas de pessoas em Israel, o Hamas raptou mais de uma centena de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza.

O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.

Desde então, o conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 950 em Gaza desde sábado, segundo dados atualizados hoje pelas duas partes.

Número de mortos da guerra entre Israel e o Hamas ascende aos 2.000

O balanço da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas desde sábado subiu para mais de 1.200 mortos do lado israelita e 950 em Gaza, segundo dados atualizados hoje pelas duas partes.
Número de mortos da guerra entre Israel e o Hamas ascende aos 2.000

O número de mortos da ofensiva do movimento de resistência islâmica Hamas contra Israel subiu para 1.200 do lado israelita, informou hoje o porta-voz do exército israelita.

Por sua vez, as autoridades de Gaza indicaram hoje que o número de mortos nos bombardeamentos do exército israelita na Faixa de Gaza subiu para 950 mortos e cerca de 5.000 feridos.

O ataque deixou “mais de 2.700 feridos” do lado israelita, acrescentou Jonathan Conricus num vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter).

O balanço anterior dava conta de “mais de mil mortos”, de acordo com as autoridades israelitas.

Do lado palestiniano, pelo menos 30 pessoas morreram e centenas ficaram feridas na sequência de centenas de ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza, na noite de terça-feira, informou um funcionário do governo do Hamas.

Os ataques atingiram dezenas de edifícios residenciais, fábricas, mesquitas e lojas, disse Salama Marouf, chefe do gabinete de imprensa do governo do Hamas.

O exército israelita afirmou que vários alvos do movimento palestiniano foram atingidos durante a noite.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) bombardearam 200 alvos na área de Al-Furqan, no interior de Gaza, sobretudo no aeródromo de Daraj Tufah, que serve de ponto central a partir do qual os militantes do Hamas lançam os ataques.

Israel recuperou na terça-feira o controlo de todo território fronteiriço com a Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que prossegue os pesados bombardeamentos no enclave e promete uma “ofensiva total” no quarto dia de guerra com a milícia palestiniana.

As tropas israelitas libertaram o kibbutz de Kfar Aza, uma das comunidades mais próximas de Gaza, com apenas 800 habitantes, onde encontraram corpos desmembrados e decapitados. Imagens semelhantes foram vistas na terça-feira no kibbutz Beeri, onde os serviços de emergência encontraram mais de 100 corpos.

Embora Israel tenha recuperado o controlo de todo o território, advertiu que “terroristas infiltrados” podem ainda permanecer do lado israelita, tendo o país sido atacado, nas últimas horas a partir do sul do Líbano pelas forças do movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah e da Síria.

O Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.


Notabanca; 11.10.2023

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