MINISTRO DO AMBIENTE ASSEGURA QUE A BIODIVERSIDADE GUINEENSE É RICA MAS SOFRE ENORME PRESSÃO
A promessa foi feita, quinta-feira, pelo ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Luís Soares Cassamá, no ato de encerramento do seminário de capacitação dos agentes de Segurança, ligados ao Sistema Nacional das Áreas Protegidas da Guiné-Bissau.
Na ocasião, o governante sustentou que a biodiversidade guineense é ainda relativamente rica e diversificada.
“Nos últimos anos, a pressão tem aumentado sobre os ativos naturais renováveis, impulsionada, não só por fatores naturais mas sobretudo pelas atividades antrópicas, que vão crescendo anualmente de intensidade, por força do mercado e da necessidade de sobrevivência de uma população extremamente carenciada”, salientou Cassamá.
Acrescentou que algumas dessas pressões já se transformaram em ameaças, com consequências visíveis para a subsistência de uma grande maioria da população guineense.
Viriato Cassamá disse que as referidas pressões constituem fatores negativos para o crescimento económico do país.
“Por tudo isso, os recursos de biodiversidade do país têm vindo a sofrer uma degradação acelerada, resultante de práticas e ações incompatíveis com os princípios fundamentais de uma gestão durável de recursos naturais e das demais disposições jurídicas regulamentares, em vigor na Guiné-Bissau”, disse o Ministro.
Para Viriato Soares Cassamá, a evolução da sociedade e das dinâmicas verificadas em termos de utilização dos recursos naturais, é urgente que sejam criadas e aplicadas medidas legais e reforçadas as capacidades de diferentes atores na matéria de Gestão e Conservação da Biodiversidade dos recursos naturais.
Por seu turno, o Diretor-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) Justino Biai, os três dias de troca de ideias com diferentes técnicos ligados ao ambiente foram bastante positivos, na medida em que, todos os formandos saíram com a bagagem suficiente, e que futuramente será aplicada no terreno, para lutar contra as más práticas que impedem um bom avanço da biodiversidade no país.
Segundo Biai, durante os três dias de formação foi debatido o processo de conservação e criação, da missão, visão e pilares estratégicos da governação do IBAP, o sistema da governação das áreas protegidas, a fiscalização marítima e patrulha terrestre, comercialização de madeiras e caça ilegal entre outros pontos.
E quanto as conclusões alcançadas na formação, o DG do IBAP disse que atingiram o objetivo, porque “houve uma manifestação clara de mudança de atitudes por parte dos participantes”.
O seminário de Capacitação dos Agentes de Segurança e Atores Chaves Sobre o Sistema Nacional das Áreas Protegidas da Guiné-Bissau contou com o apoio do Governo e financiamento da União Europeia).
Notabanca; 30.09.2022
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