MARCHA CONTRA MOBILIZAÇÃO PARCIAL DE PUTIN RESULTA EM MIL E TREZENTAS PESSOAS DETIDOS.
Mais de mil e trezentas pessoas foram detidas na Rússia, na sequência de protestos, após o Presidente, Vladimir Putin, ter anunciado a mobilização parcial de cidadãos russos na reserva para reforçar o contingente militar na Ucrânia.
Os dados foram anunciados pela ONG OVD-Info.
O anuncio feito pelo Presidente Putin , na quarta-feira, provocou o "caos" no país. De acordo com o Ministério de Defesa da Rússia, serão mobilizados 300 mil reservistas, dos 25 milhões de que o país dispõe. É a primeira vez que tal acontece desde a Segunda Guerra Mundial.
A notícia não foi bem recebida pelos cidadãos russos, que sairam às ruas para protestar contra a decisão do líder do Kremlin.
"Não à guerra", ou "Putin para as trincheiras" foram duas das frases mais ouvidas durante as manifestações, que tiveram lugar em várias cidades.
De acordo com as informações publicadas pela ONG OVD-Info, pelo menos 1.300 pessoas foram detidas, em 38 cidades distintas, entre elas nove jornalistas.
Muitos cidadãos russos decidiram abandonar o país, após o anúncio feito por Vladimir Putin, com medo de serem chamados para lutar na Ucrânia.
Os bilhetes para destinos onde os cidadãos russos podem entrar, sem vistos, esgotaram minutos após a comunicação do líder russo. Por exemplo, os voos para Instambul, Erevan ou Tbilisi a partir da Rússia, não contam com lugares vazios nos próximos dias e os preços dos viagens aéreas aumentaram exponencialmente.
A passagem de cidadãos russos para a Finlândia e para a Geórgia também se intensificou, de acordo com informações avançadas pelas autoridades locais dos dois países, esta quinta-feira.
De salientar que os turistas russos já não podem entrar nos Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) nem na Polónia, desde a passada segunda-feira. Actualmente, a Finlândia é o único Estado membro da União Europeia com fronteira com a Rússia, que ainda não aderiu a esta proibição.
Perante a possibilidade de uma saída massiva de russos, outros países europeus consideram limitar a entrada nos seus respectivos territórios.
Notabanca; 22.09.2022
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