quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

PRESIDENTE SUL-AFRICANO DEFENDE RESPOSTA DURA E FEITA PARA ACABAR COM VIOLÊNCIA

O presidente do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, Cyril Ramaphosa, defendeu hoje uma resposta adequada da organização austral africana para o fim da violência em Cabo Delgado.

"Como região, entendemos que estas acções que causaram perdas de vidas, bens e deslocação de pessoas, especialmente mulheres e crianças, não podem continuar sem uma resposta proporcional", disse, referindo-se aos actos de terrorismo e extremismo violento em certas zonas da província de Cabo Delgado, no norte  de Moçambique.

Falando esta tarde em Lilongwe (Malawi) durante a sessão de abertura da reunião da Troika, Cyril Ramaphosa congratulou-se "por notar que a região da SADC permanece estável, não obstante alguns desafios políticos e de segurança isolados, que são impostos em algumas partes da região austral de África".

Por isso, o chefe de Estado sul-africano reiterou ser a principal missão deste órgão da SADC a promoção da paz e segurança, condições fundamentais para a cooperação, integração e o desenvolvimento socio-económico na região.

O estadista lembrou que o encontro ocorre quase seis meses após a Cimeira Extraordinária da SADC que aprovou o envio da Missão a Moçambique, para entre outros aspectos, neutralizar a ameaça terrorista e criar um ambiente ordeiro e seguro nas areas afectadas.

"Como todos estão recordados após a reunião de Pretória, a 05 de Outubro de 2021, concordamos em prolongar a Missão da SADC em Moçambique (SAMIM), com o mesmo mandato, por mais três meses, que expira a 15 de Janeiro corrente", disse.

Indicou que foram feitos progressos e que a situação de segurança em Cabo Delgado apresenta melhorias, o que permitiu que alguns deslocados internos regressassem às suas casas e retomassem as suas vidas com normalidade.

Ramaphosa destacou ainda que os esforços da Missão, em colaboração com a Força de Defesa Moçambicana, criaram uma passagem segura para facilitar a prestação de assistência humanitária a população afectada por actividades terroristas.

Após ter deplorado as baixas sofridas pelo exército moçambicano, bem como pela SAMIM, o presidente da África do Sul teceu elogios pelo trabaho desenvolvido e agradeceu aos países membros que financeiramente apoiaram a causa.

Notabanca; 12.01.2022

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