segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

LABORATÓRIO DE WUHAN CRIOU OITO VÍRUS DOIS SÃO ALTAMENTE INFECIOSOS PARA HUMANOS

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Dois anos após o surgimento da pandemia o mistério sobre o coronavírus continua. A teoria de que o vírus tenha escapado de um laboratório de Wuhan, continua a ser uma das apontadas por cientistas, ainda mais depois de se descobrir que esse laboratório já criou oito vírus, dos quais dois são altamente infeciosos para humanos.

Segundo o jornal ‘ABC’, em 2015, Ralph Baric, investigador da Universidade da Carolina do Norte e colaborador do Instituto Wuhan de Virologia (WIV), em conjunto com o especialista em coronavírus de morcegos Shi Zhengli, publicaram um estudo no qual Baric usou a sua técnica de “genética reversa”, que lhe permite dar vida a um vírus através do seu ADN e manipulá-lo, para criar um novo coronavírus em laboratório.

O referido patógeno artificial foi formado pela espinha dorsal do vírus da SARS , à qual foi anexada a proteína spike de outro coronavírus de morcego muito semelhante, chamado SHC014, que Shi Zhengli diz ter encontrado numa caverna em Yunnan. Essa proteína é o gancho que permite que os vírus entrem nas células e as infetem.

Tanto esse vírus como outro semelhante, chamado WIV 1, eram os parentes mais próximos do SARS-CoV-1, que causou a pandemia que entre 2002 e 2003 infetou 8.000 pessoas e, com uma taxa de mortalidade de 10%, matou 774.

Com a técnica de Baric, ambos conseguiram cultivar SHC014 em laboratório e infetar ratos, cujos pulmões foram geneticamente modificados com células humanas.

De acordo com uma análise publicada pela revista MIT Review, esse “vírus quimera” também foi injetado diretamente nas células humanas e apresentou “reprodução robusta”, mostrando que existem coronavírus que podem infetar humanos sem ter que passar por um animal intermediário.

Pouco depois da experiência de Baric, Shi Zhengli continuou a fazer o mesmo no Instituto de Virologia de Wuhan. O responsável usou uma doação que os EUA tinham concedido à organização EcoHealth Alliance para investigar o risco de transmissão humana de coronavírus de morcego.

Conforme anunciado ao publicar os seus estudos, Shi e Daszak criaram oito clones do vírus WIV1 aos quais adicionaram os picos de novos coronavírus encontrados em cavernas de morcegos e dois deles “reproduziram-se bem” em células humanas. Para o ‘MIT Review’, eles eram, “para todos os efeitos, novos patógenos”.

Além disso, e enquanto Baric tinha feito a sua experiência num laboratório BSL-3+, Shi Zhengli fê-lo num laboratório da categoria BSL-2, o penúltimo em segurança, para avançar mais rápido e com menor custo nas suas pesquisas. “Desenvolvemos um método rápido e económico para genética reversa”, lê-se no estudo publicado em 2016.

Citando questões técnicas, como não querer tornar os seus vírus mais potentes, Shi Zhengli negou que tivesse realizado um “ganho de função” e insistiu que os laboratórios BSL-2 eram apropriados para tais experiências, porque o vírus WIV1 que tinha sido manipulado não tinha causado nenhuma doença.

Oficialmente, o vírus mais próximo mantido em Wuhan é 96,4% semelhante ao SARS-CoV-2 que desencadeou a pandemia e indica uma evolução de quatro ou cinco décadas de mutações naturais. Para criar geneticamente o SARS-CoV-2, teoricamente era necessário um vírus que fosse 99% idêntico.

Ainda assim, muitos especialistas continuam a suspeitar que poderia ter havido um acidente no Instituto de Virologia de Wuhan, devido a essas experiências genéticas em laboratórios menos seguros e, acima de tudo, pela opacidade demonstrada pelo regime chinês.

Notabanca; 24.01.2022

 

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