O Governo da Guiné-Bissau decidiu abrir as
fronteiras do país e permitir a entrada e saída de pessoas do território
nacional, segundo o regulamento do estado de emergência prolongado hoje, pela
quarta vez, até 10 de junho.
O regulamento, enviado à imprensa, refere que é
"permitida a entrada e saída do território nacional", mas que aquela
circulação está condicionada à apresentação de um certificado negativo de
covid-19.
Apesar da abertura de fronteiras, as autoridades
guineenses vão manter o recolher obrigatório e as restrições à circulação no
território nacional, mas o horário foi alargado.
As pessoas podem circular entre as 07:00 e as 18:00
locais, sendo que os últimos 60 minutos devem ser utilizados para o regresso às
residências.
"As pessoas que vivem em Bissau não podem
circular para fora da área geográfica do Setor Autónomo de Bissau e as que
vivem nas regiões não podem circular para fora da área geográfica das suas
regiões", refere-se no regulamento.
O recolher obrigatório aplica-se entre as 20:00 e as
06:00 locais.
O Governo refere que decidiu aligeirar algumas
medidas restritivas para "conciliar a prevenção da doença com a retoma
gradual e progressiva das atividades económicas".
Em relação às atividades económicas, o Governo
guineense passou a permitir a circulação de transportes de passageiros e de
transporte de bens de consumo de primeira necessidade.
Os transportes de passageiros só estão autorizados a
levar metade da capacidade habitual e os táxis só podem transportar três
clientes.
A venda ambulante também passa a ser permitida, com
utilização obrigatória de máscara, mas a venda de alimentos confecionados no
interior e imediações de mercados continua a ser proibida.
Os restaurantes, pastelarias, padarias e
estabelecimentos similares podem funcionar em regime de take-away entre as
07:00 e as 20:00 locais.
A prática de desportos individuais também passou a
ser autorizada.
O Governo mantém como obrigatório o uso de máscara
para circular nas vias públicas e para entrar em estabelecimentos comerciais,
bancos, serviços públicos e outro tipo de serviços.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló,
prolongou hoje, pela quarta vez, o estado de emergência no país até 10 de
junho.
O estado de emergência foi declarado pela primeira
vez a 28 de março.
Na mensagem à Nação, Umaro Sissoco Embaló tinha
pedido ao Governo para regulamentar algumas medidas para o desconfinamento para
permitir a retoma gradual das atividades económicas para impedir o "colapso
da economia".
A Guiné-Bissau regista quase 1.200 casos de
covid-19, incluindo sete mortos e 42 recuperados.
Notabanca; 26.05.2020
Sem comentários:
Enviar um comentário