segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DISPÕE DE UM NOVO PROJETO FINANCIADO NUM MONTANTE DE 13 MILHÕES DE DÓLARES 
O Governo guineense através do ministério da Agricultura e Florestas já dispõe de um novo projecto com vista a redução drástica das importações do arroz em cerca de oitenta mil toneladas por ano e poupando assim cerca de vinte milhões de dólares, anualmente.
Trata-se do “projecto de Apoio as Cadeias de Valor e ao Empreendedorismo Agrícola e Rural (PACVEAR) e é financiado pelo Banco Africano de desenvolvimento (BAD), num montante de treze milhões de dólares americanos, para um período de cinco anos”, destinado para as regiões de Bafatá, Gabú e Oio.    
“PACVEAR”, aponta estabelecer prioridades sobre programas específicos nos subsectores da produção de cereais, horticultura, fruticultura, produção animal, construção de infra-estruturas rurais, ordenamento hidroagrícola e a gestão dos recursos naturais.
Ao lançamento oficial do projeto, a secretaria de Estado Do Plano e Integração Regional em representação do Executivo guineense, Tomasia Manjuba assegurou que, o novo projecto veio para minimizar gradualmente, a penúria alimentar na Guiné-Bissau.
O ato formal contou ainda com alguns membros do Governo, governadores regionais beneficiários, corpos diplomáticos e dos parceiros sociais. No qual, a ministra da Agricultura e Florestas realçou a importância do mesmo, assegurando que “PACVEAR”, visa limitar os efeitos da agricultura itinerante através de um processo de intensificação das culturas e da organização de um sistema agro-alimentar sólido e performance.
Pelo que, Nelvina Barreto disse esperar;

Excelência Senhora Secretaria de Estado do Plano e Integração Regional, Representante do Ministro da Economia e Finanças – Governador do BAD;

Excelência Senhor Chefe da Missão do Banco Africano de Desenvolvimento;

Excelências Senhores Embaixadores e Membros do Corpo Diplomatico acreditados na República da Guiné-Bissau;

Excelências Senhores Representantes dos Parceiros de Desenvolvimento e Organizações Internacionais;

Caros Directores Gerais, Directores de Serviços e Tecnicos do Ministério da Agricultura e das Florestas;

Ilustres Governadores das regiões de Bafatá, Gabu e Oio;

Ilustres representantes do sector privado

Ilustres convidados e Populações Beneficiárias das Regiões de Bafata, Gabu e Oio;

Minhas Senhoras e Meus Senhores


E com enorme prazer que em nome do Governo da Guiné-Bissau e do Ministério da Agricultura e Florestas, estou presente neste importante evento de Lançamento Oficial do Projeto de Apoio as Cadeias de Valor e ao Empreendedorismo Agrícola e Rural nas Regiões de Bafata, Gabu e Oio (PACVEAR).
Permitam-me agradecer ao Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), pelo trabalho realizado a favor do desenvolvimento sustentável dos Estados-membro traduzido em investimentos em diferentes sectores geradores de crescimento económico e de riqueza e muito particularmente na Guine Bissau.
Gostaria ainda de aproveitar esta oportunidade para exprimir a minha satisfação pelo trabalho realizado pelas equipas do BAD- aqui representado pelo chefe da missão- e do Governo, na preparação e aprovação deste Projeto, testemunhando assim o espírito de colaboração permanentes.

Ilustres Convidados,

Excelências,
Com um montante global de cerca de 13 milhões de dólares americanos, para um período de 5 anos, os objetivos traçados para o presente projeto refletem as prioridades estabelecidas na visão estratégica do Programa Nacional de Investimento Agrário e incidem sobre programas específicos nos subsectores de produção como os cereais, a horticultura,a fruticultura, a produção animal, a construção de infraestruturas rurais, ordenamento hidroagrícola e a gestão dos recursos naturais.
Esta estratégia visa igualmente limitar os efeitos da agricultura itinerante através de um processo de intensificação das culturas e da organização dum sistema agro-alimentar sólido e performante.
Ate 2024 prevê-se que o projeto atinja os seguintes resultados :



ü  Ordenamento de 660 hectares de bolanhas de água doce e construção de diques de proteção anti erosão,

ü  Ordenamento de 60 hectares de perímetros hortícolas para mulheres e jovens com poços melhorados e motobombas e com sistema solar de irrigação, 

ü  Reabilitação de 25 km de pistas de acesso,

ü  Construção de 8 armazéns de estocagem de 50 toneladas

ü  Formação de 110 jovens empreendedores nas regiões de Bafata, Gabu e Oio e de 15 agrupamentos de interesse económico (GIE) femininos no domínio da vaporização de arroz, secagem e transformação de legumes, etc.



O projecto visa igualmente a criação e/ou consolidação de 600 empresas ou empreitadas agrícolas e rurais com vista a promoção de 2000 empregos para jovens e mulheres.

Todas estas ações terão impacto sobre cerca de 35 000 famílias rurais dos quais 40% de agrupamentos femininos, abrangendo um universo de 13.000 mulheres
Estes objetivos não poderão ser atingidos sem a participação das mulheres e jovens na organização e desenvolvimento do sector produtivo, garantindo-lhes, assim o acesso à formação, ao crédito, e às novas tecnologias.

As mulheres que representam mais de metade da população do nosso Pais, constituem uma grande forca de trabalho na produção, na transformação, e comercialização de alimentos.
s jovens, pela sua forca, pelo dinamismo, pela vontade e capacidade, são outro grupo a privilegiar na abordagem do projeto, proporcionando-lhes oportunidades de autoemprego, através da criação de um ambiente propício, por via de incentivos financeiros e tecnológicos, que favoreça o seu interesse pelo setor agrícola, invertendo a tendência do êxodo rural e apoiando na sua fixação nas zonas rura


Excelências, Minhas Senhoras e Meus Senhores
As grandes orientações políticas seguidas para a realização destes objectivos, visam dar ao sector agrícola a prioridade necessária, a fim de lhe permitir jogar o papel que lhe é reservado e melhorar a produção nacional com vista a redução drástica das importações do arroz em cerca de 80 mil toneladas por ano e poupando assim cerca de 20 milhões de dólares anualmente.


Isto decorre também da responsabilidade dos agricultores de melhor se organizarem, de estabelecerem relações comerciais com o setor privado, por forma a aumentar os seus rendimentos, a garantir a perenidade dos recursos naturais, a diminuição dos riscos técnicos ou tecnológicos e ecológicos e melhorar as suas condições de vida.
O Governo da Guine Bissau trabalha aualmente no sentido de criar um ambiente propício para essa promoção
Distintos Convidados
Minhas Senhoras e Meus Senhores
O Plano Nacional de Investimento Agrário 2º geração (PNIASAN), implica uma melhor e eficiente racionalização de investimentos necessários para atingirmos os objectivos operacionais seguintes:



ü   A diversificação das produções e aumento das exportações agrícolas,       e

ü   A preservação e gestão duráveis de recursos agro-silvo-pastoris.
O Governo guineense assume o compromisso de criar as condições para o desenvolvimento do sector privado e o aumento da rentabilidade dos sectores da agricultura, floresta, pecuária, pescas, energia sobretudo as energias renováveis.


Neste âmbito, o Ministério da Agricultura e das Florestas pretende lançar um programa nacional de Apoio a Agricultores Lideres, que deverão ser identificados em cada uma das Regiões da Guine Bissau, para beneficiarem de apoio e seguimento a nível da modernização das práticas agrícolas, da mecanização, da formação e ao financiamento como forma de diversificarem e aumentarem os rendimentos dos perímetros cultivados e apoiarem a organização das comunidades rurais ao redor das respetivas propriedades.
Estas ações incluem-se na visão política de uma gestão equilibrada dos recursos naturais e de um quadroinstitucional e regulamentar adequado.
Para terminar, aproveito o ensejo que me é aqui oferecido para saudar todos os parceiros nacionais e internacionais que intervém no sector da agricultura e do desenvolvimento rural, pela sua contribuição e apoio, na definição conceptual, na planificação, no financiamento e acompanhamento para a realização da visão estratégica do Governo da Guine Bissau, em prol do desenvolvimento da agricultura e do bem-estar de toda a população.
Permitam-me ainda, expressar os meus sinceros votos para que este seminário seja um momento de aprendizagem de boas práticas a aplicar na gestão do projeto, que permita a melhoria da governação deste setor tao importante, traduzido na boa execução das atividades e no seu cumprimento no tempo previsto.
Aproveito para exortar os diferentes intervenientes a trabalharem numa perspetiva de coordenação, de complementaridade e sinergia com outras iniciativas e programas em curso na Guine Bissau.
Só assim será possível a erradicação de pobreza, a garantia da segurança e soberania alimentar, assim como a transformação do potencial existente neste importante sector, numa fonte de riqueza e de bem-estar para toda a população da Guine Bissau.
Dou por aberto, o Seminário de Lançamento Oficial do Projecto de Apoio às Cadeias de Valores e ao Empreendedorismo Agrícola e Rural (PACVEAR).

MUITO OBRIGADO
 Notabanca; 17.02.202            

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