O drone militar MQ-9 Reaper usado pelos EUA no ataque aéreo que resultou na morte do general iraniano Qassem Suleimani Imagem: Divulgação/Military.com
Usado no ataque que resultou na morte do general iraniano Qassim
Suleimani e de outras oito pessoas, o drone MQ-9 Reaper é o
principal e mais letal veículo aéreo não tripulado de ataque ofensivo da Força
Aérea dos Estados Unidos.
O
"M" é a designação do Departamento de Defesa americano para
multi-funções, e "Q" significa sistema de aeronave pilotado
remotamente. O "9" indica que é o nono da série de sistemas de
aeronaves pilotadas remotamente. Reaper significa "ceifador" em
português.
"Dado
seu tempo de espera significativo, sensores de amplo alcance, suíte de
comunicações multimodo e armas de precisão, ele tem uma capacidade única de
realizar ataques, coordenação e reconhecimento contra alvos de alto valor,
fugazes e sensíveis ao tempo", informa o site americano Military.com.
O drone foi
guiado a partir de uma base militar da Força Aérea dos Estados Unidos.
Sala de
controle do drone MQ-9 Reaper, nos Estados Unidos
Imagem:
Divulgação/Military.com O Reaper faz parte de um sistema de aeronaves pilotadas remotamente.
Em solo, a
tripulação básica consiste em um piloto para controlar a aeronave, um operador
de sensores e de armas, e um coordenador da missão, quando necessário.
A aeronave
tem 20 metros de envergadura e 11 de comprimento e pesa mais de 2 toneladas.
Trata-se de um aparato multimissão armado, com um teto de voo médio, longo
alcance e pilotagem remota, que é utilizada principalmente para a execução de
alvos móveis, bem como um recurso de inteligência.
No ataque
realizado em Bagdá, na última quinta-feira (2), o drone disparou dois mísseis
do tipo Hellfire que atingiram os dois carros blindados que rodavam no centro
de um comboio maior.
As ogivas de
10 quilos explodiram com intervalo de 1,2 segundo, segundo relatório do Comando
Conjunto de Operações Especiais, do Departamento de Defesa, matando nove
pessoas.
O drone MQ-9 Reaper está em ação desde o ano de 2007
Imagem: Divulgação/Military.com
A ação foi o
resultado de um longo e complexo processo de apuração de dados de inteligência
coletados por agentes de campo, informantes secretos, interceptação eletrônica
de mensagens, rastreamento por meio de aeronaves de reconhecimento e
"outros meios de caráter reservado", de acordo com o Pentágono. O
procedimento utilizou recursos de tecnologia comprovada.
O MQ-9
Reaper foi projetado pela General Atomics Aeronautical Systems e entrou em
operação em 2007, com um custo de US$ 64,2 milhões por unidade. Atualmente, a
Força Aérea Americana conta com 93 desses drones na frota.
A aeronave
tem um teto de voo de 15.240 metros de altura, um alcance de 1.850 quilômetros
e atinge uma velocidade média de cruzeiro de 370 quilômetros por hora.
O drone
possui também um Sistema de Alvo Multi-Spectral que lhe permite descobrir e
designar alvos por meio de sensores laser e infravermelhos, bem como através do
uso de várias câmeras que também lhe permitem visualizar sua atividade ao vivo
a partir de qualquer canto do planeta.
É graças a
esse sistema que o MQ-9 Reaper pode usar suas bombas guiadas Unit-12 Paveway II
e GBU-38, bem como os mísseis AGM-114 Hellfire ar-terra, que a Força Aérea
reivindica permitir ataques a alvos com uma baixa percentagem de danos
colaterais.
Notabanca;
05.01.2020
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