O grupo jihadista somali Al-Shebab já reivindicou o ataque que fez pelo menos quatro mortos.
"Esta manhã, por volta das 05:30, horário local
(02:30 em Lisboa), houve uma tentativa (dos 'jihadistas') de passar pela
segurança em Manda Air Strip (nome da base aérea atacada).
A tentativa foi repelida com êxito", referiram as Forças de Defesa do Quénia (KDF, siglas em inglês) num comunicado.
"Até agora, quatro corpos de terroristas foram encontrados. A pista de aterragem está segura. Devido à tentativa fracassada de invasão, ocorreu um incêndio que afetou alguns tanques de combustível localizados na pista. O fogo está sob controlo e procedimentos de segurança padrão estão em andamento", sublinharam as KDF.
A tentativa foi repelida com êxito", referiram as Forças de Defesa do Quénia (KDF, siglas em inglês) num comunicado.
"Até agora, quatro corpos de terroristas foram encontrados. A pista de aterragem está segura. Devido à tentativa fracassada de invasão, ocorreu um incêndio que afetou alguns tanques de combustível localizados na pista. O fogo está sob controlo e procedimentos de segurança padrão estão em andamento", sublinharam as KDF.
A base Manda
Air Strip está localizada no condado de Lamu, na fronteira com a Somália, e
também é usada pelas tropas norte-americanas.
O grupo
'jihadista' somali Al-Shebab, ligado à Al-Qaida desde 2012, reivindicou o
ataque num comunicado, identificando a base como "uma das muitas
plataformas de lançamento da cruzada norte-americana contra o Islão na
região".
Este seria,
portanto, o segundo ataque que este grupo terrorista comete na mesma região do
Quénia nos últimos dias, já que na quinta-feira o ataque a um autocarro de
passageiros deixou pelo menos três mortos e três feridos.
Desde
outubro de 2011, quando o Governo queniano enviou tropas militares para a
Somália em resposta a uma onda de sequestros supostamente realizada pelo
Al-Shebab no seu território, radicais islâmicos perpetraram numerosos ataques
no Quénia.
A esse grupo
- que controla parte do centro e sul da Somália e aspira a estabelecer um
Estado islâmico wahhabi (ultraconservador) naquele país - foi atribuído, por
exemplo, o ataque de 15 de janeiro do ano passado contra um complexo hoteleiro
em Nairobi que causou 21 mortos.
O Al-Shebab
reivindicou o ataque com um camião-cisterna cometido em 28 de dezembro em
Mogadíscio e no qual pelo menos 92 pessoas morreram e mais de 125 ficaram feridas,
o pior ato terrorista do grupo desde 2017 na capital somali.
A tentativa
de ataque à Manda Air Strip ocorre no meio da crescente tensão entre os Estados
Unidos e países do Médio Oriente, causada pela morte do general iraniano Qassem
Soleimani, que ocorreu num bombardeamento norte-americano em Bagdad.
A ação
militar dos Estados Unidos causou grande instabilidade nessa área e um
crescimento da hostilidade contra os norte-americanos, uma crise que também
poderá complicar a já difícil situação de segurança no Corno de África e,
especialmente, na Somália.
A Somália
vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre
foi derrubado, o que deixou o país sem um Governo efetivo e nas mãos de
milícias e senhores da guerra islâmicos.
Notabanca;
05.1.2020
Sem comentários:
Enviar um comentário