sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

GREVE NA FUNÇA PÚBLICA GUINEENSE VAI CONTINUAR ATÉ AO FIM DO MÊS 
O porta-voz da Comissão Negocial de Greve das  duas Centrais Sindicas, afirmou em declarações à ANG  que  entregaram esta sexta-feira ao Governo  novo Pré Aviso para a quarta vaga de paralisação na Função Pública  entre os dias 28 e 30 de Janeiro.
A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes(CGSI),  desmentiram a informação que dá conta de que 80 por cento dos funcionários já receberam os seus salários do mês de Dezembro.



O ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins anunciou à imprensa na terça-feira à saída da reunião do Conselho Permanente de Concertação Social que o Governo já pagou 80 por cento de salários do mês de Dezembro aos funcionários públicos.

Em conferência de imprensa realizada quarta-feira depois de uma reunião da comissão executiva, na qual se analisou o cumprimento do Memorando de Entendimento assinado com o Governo, João Domingos da Silva, porta-voz da comissão negocial diz que na realidade várias instituições não receberam o salário do mês de Dezembro.

“As informações do governo não correspondem a verdade uma vez que na realidade várias instituições continuam sem salários, mas admito que os funcionários de saúde e educação já receberam os seus salários do mês de Dezembro o que consideramos de grave, ou seja o pagamento parcial”, referiu o porta-voz.


No que se refere ao cumprimento de diplomas legais na Administração Pública guineense, João Domingos da Silva admite que houve violações flagrantes por parte do governo, acrescentando que nos últimos tempos vários funcionários entraram nas várias instituições sem concurso público, incluindo nas forças de segurança.

“Tem vindo a verificar nos últimos tempos  violações flagrantes de forma propositada do governo para a entrada em várias instituições do Estado, de funcionários sem concurso público incluindo nas forças de segurança”, revelou o sindicalista.

De acordo com este sindicalista, o executivo liderado pelo Aristides Gomes promete aprovar no próximo Conselho de Ministros, o estatuto do Conselho Permanente de Concertação Social que já foi revisto.

As duas Centrais Sindicais estão a reivindicar entre outros, a conclusão do processo de aprovação do novo Código de Trabalho na Guiné-Bissau, actualização e implementação de Abono de Família e redefinição dos critérios de atribuição de valores inerentes à assistência médica e medicamentosa aos funcionários públicos.

A paralisação visa ainda o reforço da política de proteccionismo laboral no país, aprovação do Estatuto de Conselho Permanente de Concertação Social e a criação da sua sede, harmonização da tabela salarial na administração pública e institucionalização do salário mínimo no valor de 100.000 francos CFA aos servidores de Estado.
Notabanca; 24.01.2020

Sem comentários:

Enviar um comentário