Um tribunal no Sudão sentenciou com a pena de morte 27 membros das forças de segurança por torturarem e matarem um manifestante detido durante as manifestações no início do ano contra o antigo presidente do país, Omar al-Bashir.
A morte, depois de detido, do manifestante Ahmed al-Khair, um professor de liceu, em Fevereiro deste ano, foi um evento crucial na escalada dos protestos que acabaram por derrubar o governo de al-Bashir, em Abril.
As primeiras manifestações no Sudão ocorreram em Dezembro de 2018, em
protesto contra o aumento do preço do pão, e marcaram o nascimento de um
movimento espontâneo pró-democracia, que se espalhou rapidamente a todo o país.
Uma sucessão de protestos e manifestações levou à queda de al-Bashir, em
Abril deste ano, e posteriormente à constituição de um Conselho Soberano,
constituído por militares e civis, que tem como principal responsabilidade a
criação de condições para a realização de eleições livres no prazo de três
anos.
O aniversário do início dos protestos tem feito sair às ruas de várias
cidades do país milhares de sudaneses em comemorações.
Hoje de manhã, de acordo com a agência Associated Press, um comboio
apinhado de manifestantes em festa chegou à cidade de Atbara, o berço da
sublevação, a norte de Cabul, proveniente da capital do país.
Notabanca; 31.12.2019
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