FRANÇA
E OITO PAÍSES AFRICANOS ANUNCIAM UM ACORDO PARA PÔR FIM AO FRANCO CFA
Esta “reforma histórica”, como lhe chamou o Presidente francês, foi
anunciada ontem, durante a visita de Emmanuel Macron à Costa do Marfim.
O franco CFA vai passar a chamar-se Eco, anunciou o Presidente marfinense,
Alassane Ouattara, em nome de oito países africanos: Benim, Burkina Faso, Costa
do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.
“Decidimos uma reforma do franco CFA com três alterações principais, entre
as quais a mudança de nome”, “o fim da centralização de 50 por cento das
reservas no Tesouro francês” e “a retirada de França das instâncias de
governança em que está presente”, explicou Ouattara, em conferência de imprensa,
acompanhado por Emmanuel Macron.
“O Eco terá vida em 2020, congratulo-me com isso”, disse Macron, assumindo
que a França quer uma relação “descomplexada” com a África Ocidental.
Conhecido como “o franco das colónias francesas de África” – dos oito países
signatários apenas a Guiné-Bissau não cabe nesta definição, por ter sido
colonizada por Portugal –, o franco CFA foi criado em 1945 e era contestado por
uma grande parte das opiniões públicas dos agora países independentes como um
resquício da presença colonial francesa.
Notabanca; 22.12.2019
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