Representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Tjark Egenhoff disse hoje que a Guiné-Bissau não tem avançado no seu desenvolvimento humano, e que as disparidades no desenvolvimento humano se mantêm
amplas,
apesar das conquistas registadas na redução de privações extremas.
Tjark
Egenhoff falava esta segunda-feira à
imprensa sobre o lançamento do Relatório
de Desenvolvimento Humano 2019 que terá lugar em Bogotá, Colombia, sob o lema:
“Além do rendimento, além das médias, além do tempo presente: desigualdades no
desenvolvimento humano no século XXI”.
Falando da
posição da Guiné-Bissau no Índice de Desenvolvimento Humano disse que
constata-se que não houve progresso,
sublinhando que o país tem que esforçar mais para alcançar níveis de
desenvolvimento humano e o Objectivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no
ano 2030.
Disse que o
PNUD quer continuar a ser o parceiro da Guiné-Bissau para alcançar esse
objetivo.
Acrescentou
que a Guiné-Bissau é um país vulnerável a perder espaços que até hoje são
habitados, e que o combate a pobreza extrema continua sendo um objectivo
fundamental no país.
Aquele
responsável sustentou que apenas três por cento das crianças nascidas em países
com um desenvolvimento baixo têm acesso ao ensino superior contra 55 por cento
dos países com desenvolvimento elevado.
Segundo ele,
esta situação compromete o futuro das crianças.
“A
desigualdade começa ainda antes do nascimento com consequências drásticas nas
oportunidades das pessoas. Por isso, as políticas públicas que tomam em conta a
desigualdade precisam investir especialmente na educação, saúde e nutrição das
crianças desde muito pequenas”, referiu.
Disse que a desigualdade de renda e riqueza são
frequentemente traduzidas em desigualdades política e de participação, dando
mais espaços a certos grupos de interesse para tomar decisões em seu favor.
“Os
privilegiados podem capturar o sistema, desenhando as suas preferências, e
consequentemente promovendo uma agudização da desigualdade”, disse Tjark
Egenhoff.
Segundo o
relatório, a desigualdade enfraquece a coesão social, perturba a confiança no
governo e nas instituições como também a confiança entre os cidadãos e impede
que todos os membros de uma sociedade tenham acesso a desenvolver o seu
potencial e essa desigualdade é bloqueio no caminho para o alcance dos
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Notabanca;
09.12.2019
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