O analista político Silvestre Alves afirmou que os resultados provisórios das eleições presidenciais de 24 de Novembro anunciados hoje pela CNE, ditaram o fim da carreira política do ex.Presidente da República, José Mário Vaz.
De acordo
com os resultados anunciados pela CNE, o candidato apoiado pelo Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões
Pereira, obteve um total de 222.870 votos correspondentes à 40,13 por centos,
enquanto que Umaro Sissoco Embalo, apoiado pelo Movimento para Alternância
Democrática teve 153.530 votos o que equivale a 27,65 por cento.
Em
consequencia desse resultado, a CNE anuncia uma segunda volta das
presidenciais, pondo frente à frente os candidato do PAIGC Domingos Simões
Pereira e do Madem G15, Umaro Sissoco
Embaló, para o próximo dia 29 de Dezembro.
O Presidente
da República cessante José Mário Vaz ficou em quarto lugar com 68.933 votos,
que correspondem a 12,41 por cento de votos.
Para o
analista político Silvestre Alves, em declarações à Rádio Difusão Nacional, o
Presidente cessante não foi feliz no seu consulado de cinco anos, porque
“deixou uma imagem horrível aos
guineenses”.
“Ele
complicou as contas a partir da nomeação do Governo de Faustino Imbali”,
considerou.
Silvestre
Alves sublinhou que até aqui, admitia hipóteses de José Mário Vaz ficar em segundo lugar nas eleições do
passado dia 24 de Novembro, mas com a sua decisão política de confrontar-se com
o Governo legitimo saído das últimas legislativas de Março, acabou por
hipotecar completamente o seu protagonismo político.
“Foi um
consulado que podia ter dado melhor resultado, mas que infelizmente as soluções
que encontrou para protagonizar o poder, as companhias de que se rodeou, foram
saindo por baixo e ele ficou descalço até à última, e, portanto, não se vê as
figuras que o rodearam nos primeiros momentos”, salientou.
Silvestre
Alves declarou que resta ao Presidente da República cessante apenas a
oportunidade de saber dar a volta por cima para não trair as grandes esperanças
do Povo.
O analista
político disse que José Mário Vaz foi desautorizado nas eleições legislativas
de Março passado e ele não compreendeu que efectivamente não podia descartar o
candidato indigitado pelo partido vencedor neste caso Domingos Simões Pereira
para o cargo do primeiro-ministro.
“Começa ai o
seu grande pecado nestes últimos tempos da democracia guineense. A partir dos
resultados das legislativas de Março, ele falhou e depois tenta fazer a fuga em
frente com a nomeação do Governo Fustino Fudut Imbali e o resultado
estatelou-se completamente”, disse Silvestre Alves.
Notabanca;
27.11.2019
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