O Movimento da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento e os candidatos às eleições presidenciais assinaram hoje um Código de Conduta e Ética Eleitoral.
No código os
candidatos às eleições presidenciais previstas para 24 de Novembro se comprometeram a aceitar os resultados das eleições
sufragados pelo povo e interpor quaisquer reclamações ou recurso pelas vias
consagradas nas leis e aceitar o seu veredicto, entre outros compromissos
assumidos.
O referido
documento foi assinado pelos elementos
da Célula de Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil e os representantes de sete dos doze
candidatos às eleições presidênciais, nomeadamente o candidato Gabriel
Fernandes Indi, a represente de Domingos Simões Pereira, Ester Fernandes, de
Umaro Sissoco Embalo, Marciano Silva Barbeiro, de Nuno Gomes Nabiam, Augusto
Gomes, de Baciro Djá, Umaro Baldé e de Carlos Gomes Júnior, Nadilé Pereira
Banjague.
Não
compareceram para assinatura deste documento, nem os representantes nem os candidatos José Mário
Vaz, Afonso Té, Idriça Djaló, Iaia Djalo e Mutaro Djabi.
No acto, o
Presidente do Movimento da Sociedade Civil para Paz Democracia e
Desenvolvimento Fodé Caramba Sanhá disse que o código interpela o bom senso dos
candidatos às presidenciais que perfilam para conquistar a mais alta
magistratura guineense.
Por isso,
disse que com a sua assinatura o povo espera ouvir dos concorrentes
apresentação de propostas de bem-estar social e desenvolvimento do país.
Fodé Sanhá
solicitou aos candidatos para mostrarem a sua maturidade política e cívica
mediante a assinatura do código, em cujos programas o povo está ansioso de ver
patenteados as propostas estratégicas que possam reflectir as suas aspirações e
de uma Guiné-Bissau estável, por serem elementos fundamentais para o incremento das reformas estruturantes, a
promoção de programas político, económico e social.
Sanhá disse
esperar que o documento seja para os candidatos um veículo condutor que permite a interacção
entre os vários actores e todas as forças vivas da nação.
O código,
conforme ele, reveste de capital importância para os efeitos de balizamento das
condutas éticos-sociais, que devem reger os principais actores políticos na
disputa de poder político e da governação do país.
Fodé Caramba Sanhá afirmou que o documento é
uma barreira à violência, às injúrias e
ofensas á integridade pública e humana num “fair play” democrático, por isso
,requer a integridade dos implicados, sobretudo a Sociedade Civil, aos
candidatos, a CNE e as forças da segurança pública nacional.
Um outro
elemento importante, segundo Fodé Sanhá, assenta na observância de eleições
livres, justas, credíveis e transparentes, no respeito pelas liberdades,
direitos humanos e uma governação responsável.
A Represente
da Célula de monitorização das eleições, Elisa Pinto Tavares afirmou que o país
vive momentos de incertezas e de muita tensão política mas uma vez, situações
críticas, de conflitos eleitorais, susceptível de comprometer o processo,
quando deveria ser altura de muita alegria e de festa da democracia.
“As eleições
por si só, representam já um desafio para qualquer sociedade democrático, uma
vez que tem que escolher aquele que corresponde melhor as expectativas. Dai que
exige o maior envolvimento e maturidade de todos no processo para contribuir,
nas diversas vertentes, para o seu sucesso , e ganha a democracia e a
Guiné-Bissau”, assegurou.
Os trabalhos
da Célula, segundo Elisa Tavares, não se resumira na recolha das informações sobre o processo
visam também contribuir para a melhoria
da participação das camadas mais desfavorecidas, nomeadamente mulheres e
jovens, para permitir que as eleições sejam mais inclusivas tomando em
consideração as pessoas com deficiência.
Por isso, no
dia 23,24 e 25 a organização vai colocar no terreno 423 monitores em todo o
território nacional que vão enviar para uma sala de operações composta por
introdutores de dados, que depois serão analisados por analistas
políticos, entre outros.
Aquela
responsável exortou os políticos a fazerem destas eleições das mais exemplares
que o país poderá ter, não obstante a tensão política que se vive agora.
“O nosso
país nunca precisou de dar provas de seu civismo como agora. Dos eleitores em geral sabemos o que esperar,
dirigimos as mesas de votos sempre com civismo, vivemos os dias de campanha com
civismo” , referiu Elisa Pinto Tavares.
Para ela, agora falta aos políticos debaterem com civismo e fazer a campanha com maior civilidade que se exige
de quem quer ser o primeiro magistrado da nação.
Notabanca;
05.11.2019
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