O candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, denunciou ontem a noite, 18 de Novembro de 2019, durante um comício popular no bairro militar, em Bissau, que alguns eleitores guineenses estão a vender os seus cartões, tendo afirmado ainda que “as pessoas que estão a vender os seus cartões, não vendem apenas os seus cartões, mas também a sua dignidade”.
O candidato dos libertadores esteve no círculo eleitoral 29, concretamente no Bairro Militar, depois de sair do setor de Calequisse, região de Cacheu no norte do país, onde apresentou o seu projeto político aos populares daquela zona, pedindo que acreditem no seu projeto e diz que estará disponivel a servir o povo guineense.
Simões Pereira disse estar preocupado com as informações que circulam em como alguns cidadãos estão a aceitar vender seus cartões de eleitor, tendo criticado que ” não é apenas o cartão que está a ser comprado, mas também a dignidade, o respeito e as suas esperanças no futuro é que estão a ser comprados”.
Assegurou
ainda que em todo o território nacional nenhum cidadão não deve ser tratado de
forma descriminatória, frisando que todos os cidadãos têm os mesmos
direitos e as mesmas responsablidades no teritorio nacional.
Em
Caliquisse, alertou os populares que os guineenses só podem ser só um povo,
quando existir unidade entre os guineenses, lembrando que a Guiné-Bissau é
feita de um único povo guineense.
“Eu,
enquanto cidadão não quero ter nenhuma gota de direito mais de que outro
cidadão guineense no teritorio nacional, mas também não aceitarei que outro
cidadão tenha uma gota de direito em relação a mim no espaço nacional”,
salientou.
Exortou os
populares a saberem escolher, no dia 24 de novembro, um candidato capaz de
corresponder às espectativas de desenvolvimento no país.
Já em
Calequisse, terra Natal do Presidente Mário Vaz, o candidato PAIGC apelou à população local, à votar no projecto que
possa promover o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
“Não
podíamos deixar de estar cá hoje, porque para nós é fundamental esclarecer as
dúvidas que possam existir nas cabeças de muitas pessoas. O sector de
Calequisse tal como outras partes da Guiné-Bissau também pertence a nação
guineense e por isso, cá estamos para mostrar os nossos projectos e para contar
com vocês na progressão desse querido país”, disse o candidato Domingos Simões
Pereira.
Acrescentou
que os guineenses jamais devem permitir que as situações étnicas ou os laços
parentescos influenciem as suas decisões no que concerne ao voto, e frisou que
um simples voto tem o peso de decidir o destino de um país e de um povo.
O candidato
disse que espera que no dia 24 as pessoas irão votar para ter um ensino educacional
de qualidade, hospitais com condições adequados, acesso à água potável,
electricidade, para ter estradas em boas condições entre outros bens.
“Fiquei
emocionado e satisfeito com o procedimento da população do sector de
Calequisse, porque me receberem sem olhar para outros detalhes. Isso significa
que realmente entendem o sentido do bem-estar comum e que têm a noção de que o
tribalismo não é fundamntal para o progresso de um país”, disse.
Simões Pereira afirmou que a
Guiné-Bissau é feita de um único povo que é guineense e que os grupos sociais
não podem e nem devem desviar o sentido da palavra Povo, tendo sublinhado que
os guineenses são iguais perante a lei e que, por essa razão, cada um deve
gozar da sua liberdade e dos seus direitos sem qualquer tipo de interferência
ou imposição.
Apelou as
pessoas à não votarem pelo candidato, mas sim para acabar com a injustiça no
seio dos guineenses, tendo justificado que não é justo um certo grupinho estar
a gozar dos privilégios enquanto outros sofrem de fome e falta de meios para
viverem as suas vidas de forma tranquila.
As mulheres
de Calequisse, num gesto de solidariedade, ofereceram o pano tradicional “pano
di pinti” à esposa do Simões Pereira “para que venha a ser a mãe dos
guineenses”, caso o seu marido venha a ser vencedor das eleições presidenciais.
Notabanca; 19.11.2019
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