O presidente Macky Sall apelou segunda-feira a que a ONU reforce urgentemente os mandatos das operações de paz em zonas assoladas pelo terrorismo, como no Sahel.
Macky Sall falava na capital
senegalesa no âmbito do sexto Fórum sobre paz e segurança em África, que na
terça-feira termina os seus trabalhos.
O Presidente senegalês, Macky Sall, na abertura do
evento advogou o reforço dos mandatos das tropas da ONU no terreno, lançando
directamente um apelo à China e à Rússia:
"Não se
trata aqui de fazer um processo contra a ONU, mas ela tem que aceitar de
reformar a sua forma de funcionar. Isso não depende, bem sei da Secretária-geral,
depende, antes de mais, é dos próprios Estados, particularmente dos Estados
membros do Conselho de segurança.
São eles a poder bloquear
quanto à questão dos mandatos. Precisamos de um mandato robusto no Mali.
A França não é contra, os
Estados Unidos, por seu lado, têm uma posição que evoluiu agora. O Reino Unido
também está de acordo. É preciso que a Rússia e a China aceitem no que diz
respeito ao Sahel que se obtenha um mandato robusto para acabarmos de vez com o
que acontece no Sahel.
É urgente uma reforma do
sistema das operações de manutenção da paz nas regiões assoladas pelo
terrorismo.",
disse o presidente senegalês.
O primeiro-ministro francês Edouard Philippe é um dos
presentes, chefiando uma delegação de seis ministros.
A questão da luta contra o terrorismo está em cima da
mesa ou ainda da nova política migratória de Paris, questões que Edouard
Philippe procurou explicar aos responsáveis políticos presentes em Dakar.
"Todos
os parceiros têm vocação a estar associados ao G5 Sahel. Os Estados do Sahel,
como é óbvio, mas também os Estados costeiros, da Costa do Marfim ao Benim.
Mesmo se estes Estados não estão confrontados de maneira directa com a extensão
da ameaça terrorista, eles detêm uma parte da solução para a combater”, disse
Edouard Philippe.
O Fórum decorre na presença de um vasto rol de
entidades do continente negro, mas não só, trata-se de um acontecimento
informal, sem resoluções finais.
A Guiné-Bissau está representada.
Notabanca; 20.11.2019
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