quarta-feira, 20 de novembro de 2019

FÓRUM DE DACAR PROCURA SOLUÇÕES PARA A LUTA ANTI-TERRORISTA 
O presidente Macky Sall apelou segunda-feira a que a ONU reforce urgentemente os mandatos das operações de paz em zonas assoladas pelo terrorismo, como no Sahel.
Macky Sall falava na capital senegalesa no âmbito do sexto Fórum sobre paz e segurança em África, que na terça-feira termina os seus trabalhos. 
O Presidente senegalês, Macky Sall, na abertura do evento advogou o reforço dos mandatos das tropas da ONU no terreno, lançando directamente um apelo à China e à Rússia:
"Não se trata aqui de fazer um processo contra a ONU, mas ela tem que aceitar de reformar a sua forma de funcionar. Isso não depende, bem sei da Secretária-geral, depende, antes de mais, é dos próprios Estados, particularmente dos Estados membros do Conselho de segurança.


São eles a poder bloquear quanto à questão dos mandatos.  Precisamos de um mandato robusto no Mali.
A França não é contra, os Estados Unidos, por seu lado, têm uma posição que evoluiu agora. O Reino Unido também está de acordo. É preciso que a Rússia e a China aceitem no que diz respeito ao Sahel que se obtenha um mandato robusto para acabarmos de vez com o que acontece no Sahel.
É urgente uma reforma do sistema das operações de manutenção da paz nas regiões assoladas pelo terrorismo.", disse o presidente senegalês.
O primeiro-ministro francês Edouard Philippe é um dos presentes, chefiando uma delegação de seis ministros.
A questão da luta contra o terrorismo está em cima da mesa ou ainda da nova política migratória de Paris, questões que Edouard Philippe procurou explicar aos responsáveis políticos presentes em Dakar.
"Todos os parceiros têm vocação a estar associados ao G5 Sahel. Os Estados do Sahel, como é óbvio, mas também os Estados costeiros, da Costa do Marfim ao Benim. Mesmo se estes Estados não estão confrontados de maneira directa com a extensão da ameaça terrorista, eles detêm uma parte da solução para a combater”, disse Edouard Philippe.
O Fórum decorre na presença de um vasto rol de entidades do continente negro, mas não só, trata-se de um acontecimento informal, sem resoluções finais.
A Guiné-Bissau está representada.
Notabanca; 20.11.2019

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