A Responsável de Seguimento e Avaliação do Projecto VIH e Deficiência da ONG Humanidade e Inclusão pediu quinta-feira o respeito ao direito das pessoas com deficiência, de modo à facilitar as suas integrações na sociedade.
Rosa Maria
Mendes Tavares fez esse pedido à margem do seminário sobre VIH e Deficiência,
realizado nos dias 07 e 08 do mês corrente pela Humanidade de Inclusão aos
profissionais da média com o objectivo de os capacitar sobre a forma como podem ajudar no combate à descriminações sofridas pelos deficientes
nas sociedades em que se encontram inseridas.
“As pessoas com
deficiência tal como outras pessoas têm os seus direitos e deveres. Por isso,
merecem respeito por parte do Estado, assim como da própria sociedade, uma vez
que são capazes de contribuir para o progresso e bem-estar do país tal como as
outras”, referiu Mendes Tavares.
A
responsável de Seguimento e Avaliação do Projecto VIH e Deficiência revelou que
15 % da população mundial vive com deficiência e que 80% das quais se encontram
nos países em desenvolvimento.
Maria Rosa
Mendes Tavares acrescentou que segundo os dados do estudo biocomportamental
feito pelo Centro de Saúde de Bandim, na Guiné-Bissau existem 6.2 % das pessoas
com deficiências e que a taxa de prevalência de VIH nessas pessoas é de 7.2%.
sublinhou
que as pessoas com deficiências merecem
a atenção, tendo justificado que são pessoas mais sensíveis devido as suas
incapacidades no que toca com a realização de certas tarefas.
Por sua vez,
em representação da Confederação das Pessoas com Deficiências, Ana Muscuta Turé
defendeu a necessidade de se evitar
situações de descriminações contra as pessoas com deficiências.
“As
situações de descriminação não se verificam só nas palavras, mas também nos
gestos e nas acções. Com esta formação achamos que os jornalistas vão dar as suas
contribuições no que tange com a mudança de mentalidade nas sociedades”,
desejou Muscuta Turé.
Ana
sublinhou que as pessoas com deficiências não devem ser caracterizadas pelos
seus defeitos e nem devem ser excluídas por não
serem iguais às pessoas que não têm deficiências visíveis.
Por outro
lado, Muscuta Turé referiu que o artigo primeiro de Convenção de Nações Unidas
sobre Direitos das Pessoas com Deficiência permite a protecção e garantia do
gozo de direitos humanos e liberdades fundamentais para todas as pessoas com
deficiências, e que resta simplesmente o respeito à referida convenção.
Salientou que o artigo oitavo da convenção acima
mencionada, mostra que a mudança de mentalidade deve começar na família devido
a sua importância no processo de evolução de uma pessoa com deficiência.
“O artigo 31
da mesma convenção vem nos dizer que o Estado é o responsável pela recolha dos
dados das pessoas com deficiências de um dado país, de modo à ter informações
necessárias para respeitar as suas garantias, respeitar as normas dos direitos
humanos, entre outras”, informou.
O seminário sobre VIH e Deficiência enquadra-se nas actividades do
projecto VIH e Deficiência, financiado pelo Fundo Mundial e tem como objectivo
contribuir para redução de novas infecções no grupo de pessoas com deficiência,
apoiar a promoção de direitos humanos e eliminar os obstáculos, de modo a melhorar o acesso à
prevenção.
Notabanca;
10.08.2019
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