O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pediu quinta-feira à Guiné-Bissau o reforço dos trabalhos para uma preparação atempada das eleições presidenciais de Novembro e a redução gradual da missão UNIOGBIS no país.
Numa declaração conjunta sobre a consolidação da paz na África Ocidental, aprovada quarta- feira, o Conselho de Segurança da ONU destacou em particular a realização pacífica de eleições legislativas na Guiné-Bissau e fez várias recomendações aos países que se preparam para eleições neste e no próximo ano.
“O
Conselho de Segurança realça a necessidade de os poderes nacionais da
Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Guiné e Togo trabalharem juntos para facilitar a
preparação atempada e realização de eleições genuinamente justas, credíveis e
pacíficas, e para tomarem todas as medidas apropriadas para prevenir a
violência”, lê-se no documento.
O mesmo
pedido exorta aqueles países “a assegurar a igualdade de condições para todos
os candidatos e trabalhar com vista à plena, igual e significante participação
das mulheres, inclusive com vista a aumentar o número de mulheres nomeadas para
altos cargos do governo, de acordo com as respectivas constituições e
compromissos regionais, nacionais e globais”.
O
Conselho de Segurança saudou ainda o "recente compromisso dos líderes
políticos da Guiné-Bissau que levou à nomeação de um novo primeiro-ministro e
definindo a data das eleições presidenciais para 24 de Novembro de 2019".
Fazendo
alusão à resolução 2458 deste ano, o Conselho de Segurança da ONU “reitera o
pedido para a gabinete integrado das Nações Unidas para a consolidação da paz
na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) decrescer gradualmente e transferir funções para o
Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e Sahel (UNOWAS)”.
Outro
ponto destacado do documento foi o trabalho feito pelo UNOWAS, missão cujo
mandato deverá ser prolongado em 31 de Dezembro em países como a Guiné-Bissau e
outros em pós-transição de poderes.
“O
Conselho de Segurança observa o aumento das exigências para o UNOWAS, inclusive
na Guiné-Bissau, países na pós-transição (…), e continua a sublinhar a
necessidade de mais apoios e recursos adequados para o UNOWAS”, refere o
documento.
O órgão
da ONU saudou ainda a decisão do secretário-geral de rever os objectivos do
mandato do UNOWAS e pediu recomendações de António Guterres até 15 de Novembro.
Na mesma
declaração, o Conselho de Segurança sublinhou os desafios à paz na África
Ocidental, nomeadamente as ameaças impostas pelo terrorismo, pirataria
marítima, conflitos entre pastores e agricultores, crimes transnacionais
organizados, tráfico de pessoas, de armas ou drogas e a exploração ilegal de
recursos naturais em várias áreas.
Notabanca; 10.08.2019
Notabanca; 10.08.2019
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