O Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (Madem-G15) defendeu hoje a realização de um novo recenseamento para as presidenciais de novembro ou a criação de uma estrutura que supervisione o processo de atualização de dados.
“O Madem
defende um novo recenseamento, tendo em conta todas as anomalias [registadas durante
o recenseamento para as legislativas], tendo em conta que houve uma recusa ao
direito dos cidadãos, tendo em conta que o recenseamento é considerado
biométrico mas que milhares de pessoas ficaram sem colocar dados biométricos,
tendo em conta que a muitas pessoas foi recusado o direito de votar e de se
registarem”, afirmou o secretário-geral do partido Djibril Baldé.
Para o dirigente do partido, “tudo isso (…) justifica a necessidade de fazer de um recenseamento novo”.
Para o dirigente do partido, “tudo isso (…) justifica a necessidade de fazer de um recenseamento novo”.
Djibril
Baldé falava aos jornalistas no final de um encontro com o presidente da
Comissão Nacional de Eleições, José Pedro Sambú, salientando que o partido está
aberto, por via do consenso, a encontrar uma solução, mas que inclua sempre a
necessidade de recensear aqueles que não foram recenseados, de ponderar o
recenseamento de cidadãos que fizeram 18 anos desde o último recenseamento e de
consolidação dos dados biométricos.
“Queremos um
recenseamento limpo e para ser limpo tem de haver um órgão, que não o Governo,
a fazer a supervisão deste processo”, disse, propondo a criação de uma
estrutura de supervisão e direção composta por elementos do Governo, da
Comissão Nacional de Eleições, dos partidos políticos, candidatos às
presidenciais, sociedade civil e comunidade internacional.
A Guiné-Bissau
realiza eleições presidenciais a 24 de novembro e o Governo apresenta
sexta-feira o Plano Operacional para a Consolidação do Registo Eleitoral.
Num despacho
divulgado na terça-feira, a Comissão Nacional de Eleições informou os eleitores
de que entre 17 de agosto e 15 de setembro vão decorrer as correções das
omissões verificadas nos cadernos eleitorais.
“A
Guiné-Bissau não deve correr esse risco. Estas eleições são muito sensíveis e
de muita responsabilidade e devemos todos pugnar-nos por realizar eleições
limpas, para que quem saia vencedor saiba que ganhou limpo e quem perder saiba
que perdeu limpo”, afirmou o secretário-geral do Madem-G15.
O processo
de recenseamento eleitoral para as eleições legislativas de 10 de março foi
bastante polémico, com vários partidos políticos, incluindo o Madem-G15, a
acusarem o Governo de irregularidade durante todo o processo.
Notabanca;
15.08.2019
Sem comentários:
Enviar um comentário