A Secretaria
de Estado do Turismo proibiu a
realização de jogos de fortuna e azar, ameaçando com apreensão quem desrespeitar a medida.
Segundo a Lusa que cita um comunicado da
Secretaria de Estado do Turismo e Artesanato, a
decisão é fundamentada com o facto de os jogos decorrerem fora das
normais legais, que determinam que as máquinas, localmente chamadas de 'Colos
Colos', devem estar em recintos fechados e vedadas à participação de menores de
idade.
A secretária de Estado do Turismo e
Artesanato, Catarina Taborda, que assina a ordem, considera que os jogos são
realizados de "uma forma desorganizada" em todo o território nacional
e que o Estado não poderia ficar indiferente, perante a sua missão de proteger
todos os cidadãos.
A suspensão é temporária, mas Catarina
Taborda salienta no comunicado que a permissão às empresas e particulares para
a retoma daqueles jogos só ocorrerá com o cumprimento das normas estabelecidas
e ainda com novos requisitos a serem elaborados pela secretária de Estado do
Turismo.
As máquinas de 'Colos Colos' invadiram a
Guiné-Bissau há dois anos, levando a que os jovens e crianças passem largas
horas a jogar, na expectativa de ganharem algum dinheiro.
O jogador introduz uma moeda de 100
francos CFA (0,15 cêntimos de euro) na máquina, carrega numa imagem que aparece
no écran (que pode ser uma equipa de futebol, uma fruta ou um animal) e o dono
(geralmente um jovem) carrega num botão que faz girar uma espécie de roda até
um ponteiro parar, ou não, na figura escolhida.
Quem acertar ganha o dobro do dinheiro
investido, enquanto o dono da 'Colos Colos' fica com a moeda de quem perdeu.
Especialistas neste jogo disseram à Lusa
que "em dias bons" o dono da máquina pode arrecadar até 10 mil
francos CFA (cerca de 15,20 euros).
O atual Governo considera que este tipo
de jogo de fortuna e azar constitui "um descaminho" para a juventude.
Notabanca; 07.08.2019
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