A Plataforma Nacional das Associações Académicas do Ensino Médio e Superior da Guiné-Bissau chamou atenção ao Governo sobre a decisão de prolongar o ano lectivo até Dezembro numa altura em que o país prepara para mais um processo eleitoral em Novembro próximo.
Em conferência de imprensa esta quarta-feira (14/8)
para posicionar face a esta decisão, o presidente da Plataforma Ericson Ocante
Ié, afirma que o processo eleitoral pode comprometer a decisão do governo,
tendo em conta a implicação tanto dos alunos como dos professores no processo
da campanha eleitoral.
“ Estamos a caminhar para um processo das eleições
presidências e sabemos que no país nas situações normais, perdemos sempre uma
boa parte de funcionamento de aparelho de Estado onde os professores e alunos
vão para campanha leitoral”, advertiu para depois alertar que “ as eleições vai
roubar mínimos dois meses e estes períodos obviamente que vai reflectir nos
funcionamento das aulas, e se isso acontecer, pode dar grandes consequências”.
“ Também não sabemos o que pode acontecer depois das
eleições, se voltaremos a ter uma situação de instabilidade no futuro, não
vamos conseguir nem sequer salvar este ano lectivo, nem sequer o novo ano
lectivo por causa da instabilidade que não podemos prever que é cíclica no
nosso país”, avisou.
A Plataforma nacional das Associações Académicas do
ensino Médio e Superior da Guiné-Bissau exorta o Governo a diligenciar para que
a escola de formação dos professores ESSE, esteja no mesmo regime com outras
escolas de formação, para evitar que seja afectada com as sucessíveis greves.
Ericsson Ocante Ié defendeu igualmente que ainda que
o governo não pode pensar fazer as mudanças só nas escolas dos Ensino Básicos,
sem enveredar para as escolas de formação dos professores.
Notabanca; 14.08.2019
A responsabilidade de governar é daqueles que foram eleitos para o fazer. Então todas as iniciativas ou decisões lhes incumbe, podendo qualquer cidadão opinar contra ou a favor, sem que essa opinião possa constituir obstáculos à governação. A declaração já está tomada, agora é fazer o acompanhamento da implementação do Plano de estabelização do ensino.
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