O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, afirmou hoje que a decisão de se candidatar à Presidência do país "é irreversível" e que o líder do PAIGC "sabe muito bem" da sua intenção de avançar para as presidenciais de novembro.
Num encontro
com os veteranos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), Cipriano Cassamá mostrou-se agastado com o líder do partido, Domingos
Simões Pereira, a quem, disse ter transmitido sempre a sua vontade de ser
Presidente da Guiné-Bissau.
Com lágrimas
nos olhos, Cipriano Cassamá afirmou ser "um homem de princípios, uma
pessoa de palavra" que não tem por hábito trair ninguém.
"Não
traio ninguém, mas quem me trair eu vou trair. A quem me humilhar, devolverei a
mesma humilhação", defendeu Cipriano Cassamá, expressando-se em crioulo.
O também
primeiro vice-presidente do PAIGC revelou ter perguntado a Domingos Simões
Pereira, em junho de 2017, qual era a ambição política daquele, tendo recebido
como resposta: "Disse-me que queria continuar a ser presidente do PAIGC e
primeiro-ministro. Disse-lhe que tem a minha total fidelidade, como sempre fiz
no passado e em qualquer momento", notou Cassamá.
Naquela
altura, disse ter informado Domingos Simões Pereira de que que queria ser
Presidente da Guiné-Bissau e este o orientou sobre as diligências a fazer no
país e no estrangeiro.
"Fiz o
meu trabalho", observou Cipriano Cassamá, frisando ter reafirmado
recentemente a mesma pretensão ao líder do partido.
"Naquele
dia antes de viajar para Angola, pedi uma audiência ao presidente do partido,
onde lhe reafirmei a minha candidatura à Presidência da República, ao que me
respondeu: 'Então e eu?'", relatou Cassamá.
O agora
candidato à presidência da Guiné-Bissau afirmou não pretender "estragar o
PAIGC", mas garantiu que a sua intenção de se apresentar às eleições
presidenciais, marcadas para 24 de novembro, "é irreversível".
"É uma
candidatura para avançar. Não vou desistir dela. É assim a política",
declarou Cipriano Cassamá, que afirmou não compreender que alguns veteranos do
PAIGC procurem demovê-lo da sua pretensão.
Cassamá
disse não aceitar que lhe digam para não avançar, argumentando ter sido
"muito importante no parlamento"
"Pergunto-lhes
porque é que não poderei ser importante na Presidência da República para,
definitivamente, acabarmos com este ciclo de instabilidade no país?",
questionou Cipriano Cassamá.
Sempre que
confrontado com as declarações de Cipriano Cassamá, o líder do PAIGC, que
muitos círculos do partido admitem poder ser candidato presidencial, remeteu
para as primárias, a realizar, a decisão sobre quem será o escolhido para as
eleições de 24 de Novembro.
Notabanca;
31.07.2019
Irreversivel desde que pu passa nas primarias ,nada de cunhas .
ResponderEliminarMas que ambição é essa!? Ainda não lhe é basta como presidente do parlamento.que tenha um pouco de verganha!
ResponderEliminarO porquê de tanta tempestade num copo de água se os estatutos do PAIGC prevê as primárias?
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