Ainda não é por agora que a Guiné-Bissau
vai ter um novo Governo. Tudo mantem-se na mesma tecla.
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, voltou
hoje a afirmar que só vai nomear um novo Governo após terminar impasse para a
eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.
De regresso da cimeira da Organização da Conferência
Islâmica, que decorreu na Arábia Saudita, José Mário Vaz, disse, em curtas
declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, que aguarda “que haja um
compromisso, um diálogo franco, entre os deputados” para de seguida nomear o
novo primeiro-ministro e consequentemente o Governo.
O Presidente guineense disse ter ficado triste com o
que viu logo no primeiro dia dos trabalhos do novo parlamento, saído das
eleições, mas espera que os deputados saibam ultrapassar as diferenças para
desta forma “fazer o país arrancar”.
José Mário
Vaz afirmou ainda que é também triste quando os políticos não conseguem acatar
os conselhos, de diálogo e compromisso, que são feitos pelos líderes
religiosos, quando usam a sociedade civil para atiçar divisões ou quando tentam
envolver as Forças Armadas nas disputas políticas.
Mas, por ser “um homem de crença”, o Presidente guineense acredita que o país vai ultrapassar o impasse político em que se encontra.
Mas, por ser “um homem de crença”, o Presidente guineense acredita que o país vai ultrapassar o impasse político em que se encontra.
José Mário
Vaz aproveitou as suas declarações, sem direito a perguntas, para agradecer e
felicitar as Forças Armadas, as quais pediu que se mantenham nas casernas e em
obediência à Constituição do país.
O líder
guineense aproveitou a ocasião para criticar, sem citar nomes, aqueles que se
vão envolvendo nos problemas internos do país.
“O mais
triste é que as pessoas aproveitam-se desta situação para se intrometerem nos
assuntos que não têm direito, porque isto é um país soberano”, observou José
Mário Vaz, salientando que todos os países do mundo têm problemas, mas que
nunca viu nenhum a vir à Guiné-Bissau pedir conselhos.
Em relação à
cimeira, o Presidente guineense lamenta que não tenha assistido pessoalmente à
conferência já que não conseguiu chegar ao lugar onde decorria, acabando por
acompanhar, a partir de um hotel, por videoconferência.
Tínhamos
agendado um encontro com sua Majestade (o rei da Arábia Saudita), mas
infelizmente, no lugar onde ele estava era impossível vir até o hotel para esse
encontro bilateral”, afirmou José Mário Vaz que se mostrou satisfeito com os
resultados da conferência que debateu o terrorismo, a unidade e solidariedade
entre os países da OCI.
O Presidente
guineense termina o seu mandato a 23 de junho.
Notabanca,
01.05.2019
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