segunda-feira, 27 de maio de 2019

“CHEFE DE ESTADO DEVE FORMAR O GOVERNO SÓ DEPOIS DA RESOLUÇÃO DO IMPASSE NA COMPOSIÇÃO DA MESA DO PARLAMENTO GUINEENSE”-Apoiantes 
O Movimento “JOMAV”, organização que apoia o Chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, não poupa críticas à atual direção do PAIGC e o seu líder Domingos Simões Pereira que, diz, estão a levar o PAIGC para o abismo.
A organização acusa a atual direção do partido de promover intrigas, difamações e confusões com único propósito de criar situações imprevisível para o país.
Em conferência de imprensa na segunda-feira, , num dos bairros da capital Bissau, o vice coordenador do Movimento “JOMAV”, Mussa Turé, alertou aos órgãos internas do partido no sentido de travarem tais manobras da atual direção do PAIGC, salvaguardando assim os valores que norteiam a criação do partido.
“Pensamos que qualquer cidadão guineense não pode concordar com o pensamento atual da direção do partido, por isso, é urgente o PAIGC tomar a decisão a partir do Comité Central e Bureau Político contra o líder do partido, que cada dia que passa esta afundar o partido”, declarou Turé.


O encontro com a imprensa serviu para se manifestar contra os protestos dos partidos da maioria parlamentar, que avisaram que a marcha realizada no sábado é a última exigência pacífica ao Presidente guineense para a nomeação do primeiro-ministro e formação do Governo resultante das eleições legislativas.

Aos jornalistas, Turé revela que a organização apoio a decisão do Chefe de Estado de formar o governo só depois da resolução do impasse na composição da mesa do parlamento guineense.

Segundo vice coordenador do Movimento “Jomav”, não existe nenhum artigo na constituição da república que determina a nomeação do governo logo depois das eleições legislativas pelo Presidente da República.

Durante a sua longa intervenção, Turé ainda fez duras críticas aos partidos aliados do PAIGC, nomeadamente a Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), União para Mudança (UM), Partido da Nova Democracia (PND), Partido da Convergência Democrática (PCD) e Partido da Unidade Nacional (PUN).

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes também não escapou da crítica do movimento de apoio o Presidente guineense. Turé entende que Gomes já não tem condições para continuar a governar o país.

Há mais de dois meses depois da realização do escrutínio no país, os guineenses continuam a não conhecer o governo resultante do escrutínio de 10 de março de 2019. A situação política do país afetou por completo a vida dos cidadãos.

Além dos partidos que compõem a nova maioria parlamentar, a sociedade civil guineense e a comunidade internacional, pediram na semana passada a nomeação “urgente” do novo primeiro-ministro e a marcação das eleições presidenciais.

O grupo reafirma que Presidente Mário Vaz tem mãos limpas e está a cumprir com a sua missão, enquanto primeiro magistrado da Nação.
Notabanca, 27.05.2019

2 comentários:

  1. É hora de tomada de consciência de que acabou a transição, dando por findo as iniciativas de consenso no lugar das leis. Há uma maioria no parlamento o que permitiu a formação da mesa mesmo com o abandono da sessão pelo MADEM-15 e o PRS. Em democracia o poder pertence ao povo e o povo ja decidiu. Todo o resto é blabla.

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