Presidente Mário Vaz garantiu hoje que, enquanto persistir impasse na constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular não vai nomear o primeiro-ministro. Porque segundo o chefe de Estado, está esperançado num entendimento entre os partidos políticos para viabilizarem o país.
José Mário
Vaz, em conferência de imprensa realizada no Palácio da República, referiu que
o Governo é da emanação da Assembleia Nacional Popular por isso esse órgão tem
que reunir todos os requisitos para funcionar em pleno.
“Portanto,
não gostei de ver os problemas começassem logo nos primeiros minutos do
arranque dos trabalhos deste tão importante órgão da soberania”, lamentou,
acrescentando que está a aguardar pelo fim do impasse na constituição da mesa
da ANP, para dar o passo seguinte, que será o de nomear o primeiro-ministro
indicado pelo PAIGC, na qualidade de partido vencedor.
José Mário
Vaz assegurou que não está para violar a Constituição da República, para
confirmar que vai nomear o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, se for a
indicação do partido para o cargo de primeiro-ministro.
Os deputados
da maioria parlamentar chumbaram no passado dia 18 de abril o nome de Braima
Camará, proposto pelo partido Movimento para Alternância Democrática
(MADEM-G15) para ocupar o lugar de segundo vice-presidente da Assembleia
Nacional Popular e sugeriram que esta formação política proponha um outro nome
para o lugar.
O MADEM-G15,
por sua vez, recusou preencher o referido lugar com outra pessoa e o chumbo da
proposta inicial deixa incompleta a mesa da Assembleia Nacional Popular, mas
com quórum suficiente para presidir as reuniões parlamentares.
O Presidente
da República sublinhou que no entanto não está a aguardar de braços cruzados o
consenso na ANP para depois empossar o novo primeiro-ministro.
“Nós
africanos estamos habituados, quando houver problemas, recorremos aos conselhos
dos anciões, líderes espirituais, sociedade civil, mulheres facilitadores entre
outras”, explicou.
José Mário
Vaz salientou que já instruiu todas estas organizações para trabalharem no
sentido de conciliar as partes desavindas através de um diálogo franco.
“Se um
partido ganhar não significa que ganhou tudo e se o outro perder não significa
que perdeu tudo. E porquê que não podem sentar a mesma mesa para dialogarem a
fim de encontrar uma solução”, questionou.
Disse que há
vozes que afirmam que o Presidente da República é o culpado pelo tudo isso,
tendo frisado de que não gostava de voltar a ver o país mergulhado numa nova
crise tendo em conta que não é do seu interesse porque ao fim ao cabo a
responsabilidade cairá sobre a sua cabeça.
Notabanca;
10.05.2019
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