sexta-feira, 10 de maio de 2019

PR DIZ QUE O PRIMEIRO-MINISTRO VAI SER NOMEADO SÓ QUANDO HOUVER ENTENDIMENTO NA ANP
Presidente Mário Vaz garantiu hoje que, enquanto persistir impasse na constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular não vai nomear o primeiro-ministro. Porque segundo o chefe de Estado, está esperançado num entendimento entre os partidos políticos para viabilizarem o país.
José Mário Vaz, em conferência de imprensa realizada no Palácio da República, referiu que o Governo é da emanação da Assembleia Nacional Popular por isso esse órgão tem que reunir todos os requisitos para funcionar em pleno.
“Portanto, não gostei de ver os problemas começassem logo nos primeiros minutos do arranque dos trabalhos deste tão importante órgão da soberania”, lamentou, acrescentando que está a aguardar pelo fim do impasse na constituição da mesa da ANP, para dar o passo seguinte, que será o de nomear o primeiro-ministro indicado pelo PAIGC, na qualidade de partido vencedor.
José Mário Vaz assegurou que não está para violar a Constituição da República, para confirmar que vai nomear o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, se for a indicação do partido para o cargo de primeiro-ministro.
Os deputados da maioria parlamentar chumbaram no passado dia 18 de abril o nome de Braima Camará, proposto pelo partido Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) para ocupar o lugar de segundo vice-presidente da Assembleia Nacional Popular e sugeriram que esta formação política proponha um outro nome para o lugar.
O MADEM-G15, por sua vez, recusou preencher o referido lugar com outra pessoa e o chumbo da proposta inicial deixa incompleta a mesa da Assembleia Nacional Popular, mas com quórum suficiente para presidir as reuniões parlamentares.
O Presidente da República sublinhou que no entanto não está a aguardar de braços cruzados o consenso na ANP para depois empossar o novo primeiro-ministro.
“Nós africanos estamos habituados, quando houver problemas, recorremos aos conselhos dos anciões, líderes espirituais, sociedade civil, mulheres facilitadores entre outras”, explicou.
José Mário Vaz salientou que já instruiu todas estas organizações para trabalharem no sentido de conciliar as partes desavindas através de um diálogo franco.
“Se um partido ganhar não significa que ganhou tudo e se o outro perder não significa que perdeu tudo. E porquê que não podem sentar a mesma mesa para dialogarem a fim de encontrar uma solução”, questionou.
Disse que há vozes que afirmam que o Presidente da República é o culpado pelo tudo isso, tendo frisado de que não gostava de voltar a ver o país mergulhado numa nova crise tendo em conta que não é do seu interesse porque ao fim ao cabo a responsabilidade cairá sobre a sua cabeça.
Notabanca; 10.05.2019

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