O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG), afirmou domingo que a paralisação convocada para esta semana terá lugar na data prevista, ou seja nos dias 7, 8 e 9 do mês em curso.
Júlio
Mendonça numa entrevista ao programa “Regiões ku si Nobas” da Rádio Bombolom FM
disse que, infelizmente, vão ser obrigados a paralisar novamente, a Função
Pública por falta de vontade dos atuais governantes de se sentar numa mesa para
conversar.
“Depois de várias
tentativas para tentar sanear o problema com o Governo, nada surtiu efeito. O mais
caricato de tudo é que hoje não há salários os funcionários passaram a páscoa e
o Primeiro de Maio sem dinheiro. Tendo em conta a conjuntura de país parece que
o sofrimento dos trabalhadores esta para piorar cada vez mais “,lamentou.
Mendonça
frisou que não vale a pena as pessoas se sacrificarem trabalhando e não recebem
o que têm direito, e que esse facto é umas das razões fundamentais da
paralisação que se inicia terça-feira.
Quanto ao
reajusto salarial, o sindicalista refere que: “o processo em causa foi
trabalhada mal ou foi feito a maneira deles no Ministério das Finanças. Fizeram
o reajusto como fizeram e mesmo com isso não o fizeram no total ou como devia
ser feito, contudo não acabou de ser cumprida ou seja mesmo depois do reajusto
parcial tivemos um acordo onde prometeram cumprir a aplicação do decreto que
mostra que qualquer aumento salarial na Função Publica deve abranger os
pensionistas, o que não é o caso”, disse.
O
Secretário-geral da maior central sindical guineense salientou que para
conseguir alguma coisa é preciso fazer a luta e exigir o respeito pela
legalidade, dignificação dos trabalhadores guineenses, e que, por isso, fez um
apelo ao não conformismo, “uma vez que as migalhas que os políticos dão a uma
certa franja da sociedade não chega para sustentar a família”.
Júlio
Mendonça convidou aos trabalhadores para mudarem a mentalidade e saírem do
conformismo partidário, porque os filhos dos políticos não vão ao Hospital
Simão Mendes, não estudam nas escolas públicas e não se interessam com os
problemas dos trabalhadores.
Notabanca;
06.05.2019
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